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Correio da Manhã

Portugal
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Declarações de Eduardo Cabrita sobre caso de atropelamento mortal na A6 adiadas para dia 30 de junho

Antigo ministro da Administração Interna foi acusado por um crime de homicídio por negligência, pelo atropelamento de um trabalhador em 2021.
Hugo Rainho 9 de Junho de 2023 às 11:00
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Ex-ministro Eduardo Cabrita em tribunal para prestar declarações no caso do atropelamento mortal na A6

As declarações do antigo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sobre o caso do atropelamento mortal na A6, foram adiadas para dia 30 de junho, data em que estava prevista a abertura do debate instrutório. O adiamento da sessão deveu-se à greve dos oficiais de justiça. 

A abertura de instrução foi imposta pelo tribunal da relação de Évora após recurso da família de Nuno Santos e também de Paulo Graça que representa a Associação de Cidadãos Automobilizados.

A relação deu razão aos dois recursos e obrigou o juiz de instrução a ouvir quer o chefe de segurança da comitiva ministerial, o agente da PSP Nuno Dias, quer o próprio ex-ministro Eduardo Cabrita, o último a chegar ao tribunal de Évora, a diligência estava marcada para as 10h30 e o ex-ministro chegou um minuto depois.

O interrogatório de Eduardo Cabrita ficou para o período da tarde, às 14h00. No entanto, os trabalhos foram interrompidos devido à greve dos funcionários judiciais. A partir das 15h30, a funcionária judicial que estava destacada para esta diligência do Tribunal de Évora entrou em greve.

O CM sabe que o Tribunal ainda tentou substituir a funcionária e continuar com o interrogatório a Eduardo Cabrita, mas que não foi possível. 

De manhã foi ouvido o chefe de segurança da comitiva do ministro na altura do atropelamento, Nuno Dias. Segundo Magalhães Silva, advogado do ex-ministro, o depoimento "foi importante para esclarecer duas coisas, que não havia excesso de velocidade e que as viaturas circulavam conforme protocolo de segurança.

Para Joaquim Barros, (advogado da família) a constituição de arguido de Eduardo Cabrita e Nuno Dias, "não é uma questão de indemnização para a família, mas uma questão de justiça quer para a família quer para o País em geral". "Está na altura de haver responsáveis", acrescenta.

De acordo com Manuel Magalhães e Silva, advogado do ex-ministro, Nuno Dias, chefe de segurança de Eduardo Cabrita, esta sexta-feira, não sentiu que a comitiva que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 seguisse em excesso de velocidade.

"Foi importante ouvir o senhor Nuno Dias, porque permitiu esclarecer, em primeiro lugar, que ele não sentiu que as viaturas seguissem em excesso de velocidade e, em segundo, que a viatura do ministro seguia do lado esquerdo, e bem, porque são essas regras de segurança de circulação de alta entidades em que devem seguir desenquadradas".

Inicialmente, o processo apenas tinha um arguido, o condutor Marco Pontes, que foi acusado pelo Ministério Público de Évora por um crime de homicídio por negligência, pelo atropelamento de um trabalhador na A6 a 18 de junho de 2021 (Nuno Santos).

Este procedimento serve apenas para ouvir a versão dos novos arguidos que também veem agora outro crime em análise, alem do crime de homicídio por negligência, está também o crime de condução perigosa, a decisão ficará marcada para o próximo dia 30 onde vai haver novo debate instrutório.

Nenhum dos arguidos quis falar à comunicação social à chegada ao tribunal de Évora.
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