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Ex-presidente da Câmara de Portimão julgado por burla e branqueamento

Cidade do Cinema era "uma opção política" na cidade algarvia.

25 de janeiro de 2019 às 08:38

A Cidade do Cinema era uma opção política, que constava do próprio programa eleitoral do Partido Socialista, que venceu as eleições. Não tive qualquer constrangimento nem no clausulado nem na celebração dos contratos que lhe diziam respeito.

"A afirmação foi feita ontem por Luís Manata, ex-presidente do Conselho de Administração da Portimão Urbis, no Tribunal de Portimão, em que o ex-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, está a ser julgado por burla qualificada, branqueamento e participação económica em negócio.

Com Luís Carito estão a ser julgados também Artur Curado, Luís Marreiros e Carlos Barros (dois empresários e um consultor) e ainda seis sociedades.

Os arguidos estão acusados de terem lesado o Estado em quatro milhões e 600 mil euros. Desse total, cerca de um milhão e 850 mil euros dizem respeito, exclusivamente, à Cidade do Cinema, a ser desenvolvida pela Portimão Urbis.

Luís Manata confirmou que em junho de 2012 foram celebrados contratos de uma ‘joint venture’ no âmbito do projeto Cidade do Cinema, que já vinha "de antes". O objetivo era o marketing do projeto junto do mercado americano, encontrar investidores e contactos. Por outro lado, era importante ajudar os privados na área do cinema, através de uma incubadora de empresas na Portimão Urbis.

Luís Manata frisou ainda que Luís Carito "era quem dava as diretivas" no tocante à questão do cinema, até porque era responsável pelo pelouro financeiro da autarquia.

Mas disse achar que "as decisões eram do Executivo" e que, apesar das dificuldades financeiras que a autarquia e a Portimão Urbis atravessavam na altura, "em momento algum" se veio dizer para não avançar com a Cidade do Cinema - projeto que, no entanto, e apesar do dinheiro investido, nunca se concretizou.

SAIBA MAIS

30

Volumes integram o processo em que é arguido o médico e ex-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito. Quanto à decisão instrutória do Tribunal Central de Investigação Criminal, tem 380 páginas.

Testemunha

Lélio da Branca, ex-diretor- -geral da Portimão Urbis, que foi arguido e chegou a estar detido, foi esta quinta-feira ouvido no Tribunal de Portimão. Recordou que Luís Carito presidia ao Conselho de Administração mas disse que as decisões "eram colegiais".

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