“Apesar de, como é natural, falarmos do tema, não assinalamos a data porque é muito doloroso”, revelou ao CM, o tio de Rui, Carlos Teixeira, que foi um dos que não poupou esforços para encontrar o sobrinho e afilhado. Nas inúmeras viagens ao estrangeiro e tentativas frustradas não se apagou a esperança. “A incerteza consome-nos sempre. Será que está vivo? Se estiver pode estar a sofrer, o que nos dá uma sensação terrível de impotência”, diz o mesmo familiar.
Carlos Teixeira ao passear na sua quinta, na Maia, recordou, com a voz embargada, que era ali que Rui gostava de passar as férias.
Impossível de ultrapassar foi o trauma da perda. Com filhos menores, de seis e dez anos, todos os cuidados são poucos. “Temos a casa cheia de câmaras e temos cuidado de ver com quem eles estão e saem. Procuramos ainda alertá-los para que não falem com estranhos”, revela Carlos.
Os pequenos primos de Rui Pedro, apesar de nunca terem convivido com o rapaz desaparecido, sentem também a tragédia da família. “Sempre que se fala na televisão do Rui ou de crianças desaparecidas, viram a cara para o lado”, contou o tio de Rui Pedro.
Ontem, o CM tentou falar com Filomena mas esta disse “não estar em condições”. Tem estado sob vigilância médica.
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