"A minha mulher acordou-me a berrar para sairmos do quarto porque a casa estava a arder. Eu julgava que ela estava a sonhar mas depois apareceram os vizinhos aos gritos e pouco depois entravam por aqui os bombeiros", contou ontem ao CM, Alípio Coutinho, de 79 anos, que pelas 03h30 foi obrigado a abandonar apressadamente a residência onde habita há 50 anos, com a sua mulher, Maria Helena Resende, da mesma idade.
"A minha mulher vai ser operada esta semana ao coração. Este desgosto não ajuda nada ao ânimo dela. Para já vou ficar numa vizinha e depois para uma pensão que a Câmara nos indicou", acrescentou Alípio Coutinho.
O Batalhão de Sapadores Bombeiros e os Voluntários do Porto, num total de 36 homens e 12 viaturas, combateram o incêndio, evitando que as chamas se propagassem a outros edifícios. Pela manhã decorriam ainda os trabalhos de rescaldo, já com os ânimos dos moradores mais serenos, após o sobressalto da madrugada.
Um curto-circuito deverá estar na origem do sinistro.