José Luís Carneiro afirma que fogo está a lavrar num "contexto de grande complexidade".
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, admitiu esta sexta-feira que o incêndio que deflagrou no sábado em Garrocho, no concelho da Covilhã, "é uma tragédia" ambiental e está a lavrar num "contexto de grande complexidade".
"Quero transmitir esta mensagem de solidariedade às comunidades locais pela forma como se têm mobilizado e dar uma palavra aos bombeiros e a todas as forças e serviços da proteção civil" que têm combatido um incêndio que "é uma tragédia do ponto de vista do ambiente, da biodiversidade e do património ambiental", disse José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas à margem da sessão solene de abertura do programa das festas do concelho de Ansião, no distrito de Leiria.
O incêndio deflagrou na madrugada do dia 06 em Garrocho, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, e as chamas estenderam-se depois ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira.
Adiantando que irá visitar a zona ardida quando o fogo terminar, o ministro salientou que "o país está a empregar todo o conhecimento que tem na gestão de circunstâncias muito difíceis".
"Recordo como foi dito por um grande especialista da universidade de Coimbra [Miguel Almeida, investigador da Universidade de Coimbra], que estão conjugados todos os fatores críticos", salientou.
José Luís Carneiro apontou as condições meteorológicas, a seca extrema, a massa floresta que desde 2003/2004 se foi acumulando e "a não existência de acessos ao interior da floresta" como um "contexto de grande complexidade".
Ainda segundo o ministro da Administração Interna, perante este contexto "só mesmo o espírito e a força de cooperação entre todas as forças e serviços, autarcas, comunidades locais, bombeiros, agentes, atores de toda a proteção civil" permite perspetivar que se possa "tão breve quanto possível, encontrar solução para esse incêndio".
Questionado sobre as declarações à Lusa do investigador Joaquim Sande Silva, que considerou que o incêndio que afeta a serra da Estrela também deve ser analisado por uma estrutura idêntica à criada após os fogos de há cinco anos, mas 'a posteriori', quando terminar, o ministro disse que o momento é "garantir o combate e conseguir debelar" o fogo.
"Depois, como foi dito também pelo senhor primeiro-ministro, é estudar a forma como o incêndio se iniciou, como se desenvolveu, porque da avaliação deve resultar naturalmente melhoria e uma aprendizagem contínua que é feita e deve ser feita em circunstâncias que serão todas elas muito exigentes e mais complexas no futuro", adiantou.
O ministro da Administração Interna insistiu que a forma de combater os incêndios é "evitá-los", recordando que uma percentagem muito elevada das ignições tem que ver com o mau uso do fogo ou com mau uso de máquinas em espaço florestal.
Além disso, acrescentou, é também necessário fazer um combate "sem tréguas àqueles que são incendiários".
O ministro da Administração Interna salientou ainda a necessidade de não se "baixar a guarda" até às primeiras chuvas do outono, recordando o incêndio no Pinhal de Leiria, em outubro em 2017.
"A informação que temos da meteorologia é de que as temperaturas vão de novo aumentar. A seca extrema é conhecida de todos. Não podemos baixar a guarda, porque temos muitas semanas pela frente e não podemos esquecer o que se passou em 2017. Houve um primeiro período [de fogos] em junho e depois voltou a haver grandes incêndios em outubro", lembrou.
José Luís Carneiro pediu ainda à população, "neste período especial em que o país vive as suas festividades locais", para ter todos os cuidados, nomeadamente no uso do fogo e de máquinas, devendo ser respeitadas as orientações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo o 'site' da ANEPC, pelas 21h30 estavam a combater o incêndio na serra da Estrela 1620 operacionais, apoiados por 460 viaturas.
Ao final da tarde, a Proteção Civil admitiu que o fogo "está estabilizado", mas "não ainda dominado".
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