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GNR alerta para necessidade de reforçar cuidados por causa do risco de incêndio

Autoridade salienta a importância de evitar comportamentos que possam desencadear incêndios.

18 de setembro de 2025 às 08:21

A GNR alertou, esta quinta-feira, para a necessidade de redobrar a atenção e para a adoção de ações preventivas face ao agravamento do risco de incêndio em algumas zonas do país por causa das condições meteorológicas.

Em comunicado, a GNR diz que tem intensificado o patrulhamento e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo para dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas.

A GNR apela ao sentido de responsabilidade de todos os cidadãos, salientando a importância de evitar comportamentos que possam desencadear incêndios, nomeadamente fazer lume ou fogueiras, queimas ou queimadas, lançar foguetes ou balões de ar quente e desinfestar apiários sem dispositivos de retenção de faúlhas.

Alerta ainda para o perigo de circular com tratores, máquinas e veículos de transporte pesados sem extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés.

Na nota esta quinta-feira divulgada, a GNR recomenda à população que acompanhe os avisos meteorológicos e os níveis de risco de incêndio através dos canais oficiais e evite deslocações desnecessárias a zonas florestais nos dias de maior risco.

Desde o dia 16 de fevereiro a GNR está a realizar a Campanha Floresta Segura 2025, com ações de sensibilização, fiscalização, vigilância e deteção de incêndios rurais, além da vertente de investigação das causas dos crimes de incêndio florestal e da validação das áreas ardidas.

No âmbito desta campanha, foram registados até ao passado dia 14 de setembro 7.280 incêndios florestais.

Destas ignições, 26,0% resultaram de incendiarismo (1.407 casos) e 24,6% foram causadas pelo uso do fogo (1.330 resultantes de queimas de lixo, queimas e queimadas, lançamento de foguetes e fogueiras).

Mais de uma em cada dez tiveram origem acidental, 8% foram reacendimentos (435 casos), 1,2% tiveram origem em causas naturais (64 casos de queda de raios) e 0,6% resultaram de atividades como a caça.

Quanto à vigilância e deteção de incêndios, até 14 de setembro a GNR elaborou mais de 2.600 autos de contraordenação, dos quais 2.239 por falta de gestão de combustível, 398 por uso indevido do fogo e 34 por condicionamento de acessos.

Foram ainda detidas 52 pessoas em flagrante pelo crime de incêndio florestal e identificados 651 suspeitos pela prática deste crime.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), cerca de 80 concelhos dos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro estão esta quinta-feira em risco máximo de incêndio rural.

A previsão de tempo quente levou a Proteção Civil a emitir na terça-feira um aviso para o perigo de incêndio rural muito elevado a máximo no norte e centro do país, bem como no Algarve, face às previsões de elevadas temperaturas nos próximos dias.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), as temperaturas podem atingir os 40 graus no interior da região sul, bem como nos vales do Tejo e Douro.

A Autoridade cita dados do IPMA, destacando uma humidade relativa do ar inferior a 30%, em grande parte do território, "com fraca recuperação noturna".

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