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Correio da Manhã

Portugal

Homem detido por raptar menor e mantê-la escondida durante oito meses em Évora

Jovem foi resgatada e entregue à família.
Correio da Manhã e Lusa 31 de Janeiro de 2023 às 15:14
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Homem detido por raptar menor e mantê-la escondida durante oito meses em Évora

Um homem foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) suspeito de ter raptado uma menor e de a ter escondido na casa onde vivia, em Évora, durante oito meses. A jovem foi resgatada e entregue à família

Segundo comunicado divulgado pela PJ esta terça-feira, a menor tinha sido dada como desaparecida em maio do ano passado, na cidade de Leiria.

"No seguimento das inúmeras diligências desenvolvidas, em estreita colaboração com a Unidade Local de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Évora, foi possível identificar o suspeito e localizar a menor na sua residência, sita na cidade de Évora, onde, a coberto de uma suposta relação amorosa, este a manteve em completo isolamento social durante oito meses, aproveitando-se da sua persistente e recorrente dependência de jogo online, imaturidade e personalidade frágil".

O detido, de 48 anos, vai ser presente às autoridades judiciárias para aplicação das medidas de coação.

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, a Polícia Judiciária referiu que "a menor foi para a escola normalmente e de repente desapareceu. O que levou de casa foi muito pouco. Não levou documentos de identificação, nem dinheiro. Levou o telemóvel, a consola de jogos e mais dois ou três pertencentes, nada de relevante, e pouca roupa". 

Na sequência do desaparecimento, foi feita participação na Polícia de Segurança Pública de Leiria.

Ainda de acordo com este responsável da PJ, a menor e o arguido "estabeleceram contacto e desenvolveram uma relação através de 'chats' de jogos 'online'", quando aquela ainda tinha 14 anos, "evoluindo para uma relação amorosa até que surgiu a oportunidade de o suspeito a ir buscar a Leiria, levando-a com ele".

Notando que a menor "tinha uma dependência muito intensa do jogo 'online'", a fonte da PJ esclareceu que o homem, sem referências criminais, separado, com filhos e socialmente integrado, "a acolheu numa casa em Évora", de onde não saiu e onde passava a maior parte do tempo num quarto sem luz natural.

Na casa, também vivia a mãe, idosa, do arguido.

Para a PJ, a mãe do suspeito "não teria a noção de todos os contornos" da situação, explicando que, quando alguém ia a casa, a menor, que "terá consentido, ocultava-se no sótão" da habitação.

A fonte salientou que se tratou de uma "investigação extremamente complexa, que recorreu a meios especiais de obtenção de prova, muito meticulosa".

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