Passado mais de um ano desde que a decisão de condenar Hugo de Sousa a 17 anos de prisão transitou em julgado, a filha de Delmira Claro - professora de 53 anos, espancada e afogada, em Sintra - espera pelo dinheiro da indemnização de 120 mil euros que Hugo Sousa foi também condenado a pagar.
Mestre em Psicologia, atualmente desempregada, a mulher pediu recentemente ao Estado para lhe adiantar a indemnização que o homicida ainda não pagou.
Ainda assim, se a mulher receber algum dinheiro do Estado, a verba não pode exceder os 30 mil euros, valor máximo atribuído pela Comissão de Apoio a Vítimas de Crimes Violentos – a não ser que Hugo de Sousa pague entretanto.
Hugo de Sousa e a professora Delmira, conforme o homicida confessou em tribunal, mantinham relações sexuais "ocasionais". Em finais de março de 2013, discutiram na praia da Aguda, onde dias depois a mulher foi encontrada morta.
Ficou provado em tribunal que Hugo a espancou e a seguir a afogou. Nos dias seguintes, levantou dinheiro com os cartões bancários da vítima. Em tribunal, o homicida que ainda hoje jura estar inocente, disse que foi Delmira quem lhe deu o dinheiro por lhe dever 8400 euros.
Quando o corpo da professora foi encontrado e foi dada a tese de suicídio, a filha disse logo que não acreditava que a mãe tivesse posto termo à vida. Dias depois, Hugo de Sousa era detido pela PJ e colocado em prisão preventiva.
Acabou condenado a 17 anos de prisão.