Foram identificados na região do Algarve 98,7 hectares disponíveis para a instalação de viveiros, dos quais 76 hectares se localizam na ria Formosa, segundo consta do Plano para Aquicultura em Águas de Transição, que se encontra em consulta pública até ao dia 16 do próximo mês.
No documento, elaborado pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, é referido que "o Algarve é a região que apresenta as melhores condições para a prática de aquicultura das espécies indígenas de água salgadas e de transição", nomeadamente bivalves como amêijoa ou berbigão.
O plano defende a necessidade da aplicação de faixas de proteção às descargas de efluentes das ETAR existentes em Faro, Olhão e Tavira, ao Cais Comercial de Faro, à Doca de Recreio de Faro, ao Estaleiro da Nave Pegos (Faro), ao Estaleiro Naval de Olhão, aos portos de recreio e de pesca de Olhão (incluindo descargas de pluviais), à ribeira de Marim (Olhão), ao ribeiro do Tronco (Fuzeta, Olhão) e ao rio Gilão (Tavira).
Atualmente, a ria Formosa é a zona algarvia com uma maior área ocupada por explorações aquícolas (mais de 400 hectares), sendo seguida pela ria de Alvor (quase 80 hectares), estuário do rio Guadiana (33 hectares) e Arade (21 hectares).