João de Sousa, inspetor da PJ de Setúbal preso preventivamente por associação criminosa e fraude fiscal, foi ontem formalmente acusado pelo Ministério Público de Almada, por integrar uma rede que se dedicava à venda ilegal de ouro. O inspetor da Polícia Judiciária é um dos trinta arguidos ontem acusados, numa rede perfeitamente estratificada.
As autoridades identificaram desde os assaltantes que roubavam o ouro até aos recetadores que o compravam. Havia depois empresários ligados ao setor que conseguiam a saída do ouro para a Bélgica sem que fosse declarado.
No total, as autoridades dizem que foram transacionados mais de 60 milhões de euros em barras de ouro. O Estado foi lesado em mais de seis milhões em impostos não pagos.
João de Sousa está na cadeia de Évora (onde também se encontra preso Sócrates) desde março de 2014.