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Correio da Manhã

Portugal
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"Levei um soco e caí no chão. Comecei a levar pancada dos três": Homem espancado por fiscais da EMEL relata as agressões

Depois de uma primeira interação, um dos funcionários da EMEL partiu para uma abordagem mais agressiva e terá dado "uma pancada no carro".
Ana Engenheiro 8 de Junho de 2023 às 17:05
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"Levei um soco e caí no chão. Comecei a levar pancada dos três": Homem espancado por fiscais da EMEL relata as agressões
O homem espancado por três funcionários da EMEL na Avenida da República, em Lisboa falou, esta quinta-feira, à CMTV e explicou tudo o que aconteceu na tarde em que foi agredido. Hélder, que já teve alta hospitalar, perdeu a memória em alguns momentos e foi ajudado por populares.

No dia 29 de maio o homem esperava a mulher para ir almoçar, quando deu conta de um indivíduo numa mota a dizer para "não parar ali". 

O funcionário da EMEL parte para uma abordagem mais agressiva e dá o que terá sido "uma pancada no carro". "Não sei se foi um soco, um encosto ou um pontapé", relata.

Hélder ouve novamente que tem de tirar o carro do local, mas retorque que não o pode fazer porque o lugar a diante é proibido. 

Posto isto, o funcionário da EMEL coloca-se, segundo a versão do homem que foi agredido, em frente ao carro, pronto a autuá-lo. Hélder ainda diz que "é uma questão de segundos", antes de aparecer uma carrinha da empresa municipal, com outros dois funcionários.

Um deles terá encostado a cabeça a Hélder "agressivamente" antes de dizer: "Tiras o carro daqui. Não estás a ouvir o meu colega?", conta a vítima. Hélder diz que a conversa não lhe diz respeito. Depois do funcionário da EMEL adotar novamente uma postura agressiva, Hélder pergunta ironicamente "vais me bater?". 

Após a questão, o homem conta que as agressões começaram. "Levei um soco e caí no chão. Comecei a levar pancada dos três", desabafa.

A pancadaria provocou um dente partido, dois a abanar, uma fratura do septro nasal e "os joelhos arranhados de tentar fugir". "Passei para o outro lado da estrada, onde caí. As pessoas disseram que desmaiei duas vezes, mas nem me lembro", conta.

Hélder garante que as agressões só pararam graças à intervenção de "testemunhas". A vítima quer que os funcionários da EMEL sejam punidos para que uma situação semelhante não se repita.

O homem, que está de baixa, teve uma reunião com a empresa municipal onde expôs os acontecimentos. Hélder apresentou queixa à PSP no dia seguinte aos acontecimentos e foi operado no Hospital de São José no dia 4 de junho.
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