O ministro Negócios Estrangeiros, Rui Machete, considerou esta quarta-feira que a assinatura do acordo que estabelece a sede da comunidade Ismaelita em Portugal constitui um novo impulso para a investigação de alto nível nas universidades e institutos portugueses.
"O acordo hoje assinado representa um novo impulso para a investigação de alto nível que realizamos nas nossas Universidades e instituições de investigação, e dessa forma contribui para o progresso do nosso País", disse o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MNE) na cerimónia de assinatura do acordo no Palácio das Necessidades com o líder da Comunidade Ismaili, que tem o título de Aga Khan, e na presença, entre outros responsáveis, do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Após sublinhar o "modelo de participação cívica e de consciência social" que esta comunidade oriunda de um ramo do islão xiita desenvolve em Portugal, onde está presente desde 1983, Rui Machete destacou a importância da "Rede Aga Khan para o Desenvolvimento" no panorama internacional e "conhecida" pelos portugueses.
"A forte presença em determinados países da CPLP, como é o caso de Moçambique, estreita ainda mais os nossos laços e demonstra um potencial de conjugação de esforços que importa desenvolver", afirmou.
A decisão do Governo português em acolher a sede global do 'Imamat Ismaili' (comunidade ismaelita) foi definida como "um importante sinal de abertura do Estado" dirigido à importante comunidade dos muçulmanos ismaelitas e num contexto em que "o diálogo intercultural e interconfessional assumem um papel de capital importância nas principais questões da agenda internacional".