O pequeno Emanuel, de apenas seis anos de idade, é conhecido em Vila Nova de Famalicão, onde reside, como 'menino azul' porque, desde que nasceu, sofre de uma doença rara e incurável, que consiste numa deficiência cardíaca que lhe provoca falta de oxigénio e dificuldades respiratórias, denominada Tetrolegiade Fatlt. Quando se agudiza, a maleita confere um tom azulado à sua tez.
Para fazer face aos elevados gastos com medicação do 'menino azul', que rondam os 530 euros por mês, a mãe do Emanuel, Helena Silva, dedica-se à pintura e, em apenas meia hora, consegue a proeza de criar telas cheias de cor e vida, que, mais do que um pedido de auxílio para ajudar a combater a doença crónica do filho, constituem um exemplo de coragem.
Num gesto de solidariedade, a Câmara de Famalicão inaugura hoje, na casa das Artes , uma exposição de pintura de Helena Silva e dá a conhecer algumas das suas telas, que têm a particularidade de serem produzidas unicamente com as mãos, sem recurso a pincéis, lápis ou outros objectos.
Apesar de preferir pintar paisagens, onde predomina o mar, referência aos Açores, sua terra natal, a mãe do ‘menino azul’, recorda que o primeiro quadro que pintou foi o rosto do próprio Emanuel.
“Sonhei que era capaz de pintar, mas como não tinha dinheiro para pincéis ou cavalete, resolvi pintar com as mãos, colocando a tela no chão. Quando terminei o quadro e vi que o resultado era o rosto do meu filho, fiquei assustada e comecei a chorar”, recorda, sublinhando que cada uma das suas telas representam uma passagem da sua vida.
O preço dos cerca de 40 quadros expostos na casa das artes de famalicão variam entre os 40 e os 180 euros e quem os adquirir contribui para comprar medicamentos, roupa e brinquedos para o ‘menino azul’.
Helena Silva é a enfermeira do filho “24 horas por dia” e tem de ministrar-lhe um total de 57 injecções diárias de fármacos variados, alguns dos quais inexistentes no nosso País.
O ‘menino azul’ tem também de ter cuidados acrescidos com a alimentação, já que também sofre da Síndroma de Alagi, uma anomalia hepática que, entre outras complicações, lhe afecta a drenagem da bílis.
“O Emanuel come muito pouco, mas nos últimos meses já engordou três quilos. Porém, ele próprio sabe que não pode engordar demais, já que se assim for, as dificuldades respiratórias aumentam”, refere a mãe.
A medicação é comparticipada pelo Estado em cerca de 50%, à excepção dos cremes e medicamentos para a pele, que constituem a fracção mais importante dos gastos mensais.
“Uma das consequências da doença é uma comichão constante na pele e tem de tomar três banhos diários com uma mistura de farinha maizena, a única coisa que o alivia”, conta Helena Silva, sublinhando que vai continuar a pintar para salvar o filho. Quem quiser adquirir um destes quadros, pode contactar a mãe do Emanuel pelo número 967540597.
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