Não se registaram até ao momento "constrangimentos" no trânsito.
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A marcha lenta no IC2, entre a Benedita (Leiria) e Aveiras (Lisboa), obrigou esta sexta-feira centenas de veículos a percorrerem lentamente perto de 40 quilómetros, naquela que os promotores do protesto chamam a "estrada da vergonha".
Marcha lenta sexta-feira no IC2 entre Benedita e Aveiras para exigir obras
Numa paragem na "curva da morte", junto ao Alto da Serra, no concelho de Rio Maior (Santarém), para deposição de uma coroa de flores, que se juntou à meia dezena, já secas, que sinalizam algumas das vítimas mortais naquele local, o porta-voz do protesto, José Belo, lembrou que este é apenas um dos pontos onde todos os dias acontecem acidentes.
Com cartazes afixados nos vidros dos carros e camiões que aderiram ao protesto reivindicando "Obras no IC2 Já" e pedindo "'Stop' aos acidentes, mortes, feridos e danos nas viaturas" na "estrada da vergonha", a marcha lenta faz-se agora nos dois sentidos, com o grupo que partiu da Benedita às 07:00 de regresso, esperando cruzar-se a meio caminhou com o que saiu da Benedita às 09:00.
Fonte da GNR considerou à Lusa que não se registaram até ao momento "constrangimentos" no trânsito, apesar de este se estar a fazer lentamente neste troço do IC2, que culmina no nó de acesso à A1 em Aveiras.
Normalmente, este percurso de 40 quilómetros é percorrido em cerca de 40 minutos, sendo que hoje, devido à marcha lenta, os automobilistas estão a demorar aproximadamente duas horas.
José Belo disse à Lusa que as "retas da morte e as curvas da morte" não se cingem ao troço do IC2 entre Freires (Benedita, Leiria) e Asseiceira (Rio Maior, Santarém), para o qual estão anunciadas obras há anos, estendendo-se até Aveiras (Azambuja, Lisboa).
"Não dá para aguentar mais. A cada dia que passa são mais acidentes que acontecem -- ontem mesmo [quinta-feira] aconteceu mais um acidente - e isto é um constante, um 'ai Jesus', estamos todos os dias à espera quando é que nos calha a nós, porque é muito fácil neste troço ter acidentes", declarou.
Para o porta-voz dos Utentes do IC2, o anúncio repetido de previsão do avanço da empreitada por parte da Infraestruturas de Portugal (IP) "faz lembrar a história das [obras nas] capelas que nunca mais terminam".
"Reparem neste troço, é betão, com buracos, e eles querem pôr alcatrão a tapar buracos em cimento. Isto não cola. Os buracos abrem novamente e é constantemente isto", disse, referindo-se à declaração da IP de que, enquanto não avança a empreitada prevista no seu Plano de Proximidade, está "a promover a realização de trabalhos pontuais de conservação do pavimento", de forma "a mitigar os problemas de sinistralidade que ali se têm registado".
A Infraestruturas de Portugal reafirmou na quinta-feira que está previsto para este ano o lançamento do concurso público da empreitada de beneficiação do troço do Itinerário Complementar 2 (IC2) entre Asseiceira (Rio Maior) e Freires (Benedita).
No comunicado, a IP referiu a previsão de lançamento do concurso público "ainda este ano", com um preço base de 7,5 milhões de euros e um prazo de execução de 450 dias.
"Trata-se uma intervenção que atravessa os concelhos de Rio Maior e Alcobaça, nos distritos de Santarém e Leiria, desenvolvendo-se numa extensão total de cerca de 20,3 quilómetros", afirma a nota.
O lançamento do concurso foi anunciado inicialmente em 2015 e depois em 2018, altura em que a IP apontou como provável o início da obra no segundo semestre deste ano, "condicionado, todavia, à obtenção da autorização de encargos plurianuais, solicitada em agosto", como admitiu a empresa na resposta a uma questão do município de Rio Maior.
Ao longo do troço, visivelmente em mau estado, sobretudo até Asseiceira, encontram-se, nas bermas, restos de vários pneus rebentados e, pontualmente, ramos de flores envelhecidos, sinalizando vítimas de acidentes.
O IC2 liga Lisboa ao Porto, funcionando como uma variante à Estrada Nacional n.º1. A elevada sinistralidade tem motivado vários apelos ao longo dos últimos anos, incluindo na Assembleia da República, a exortar para uma "requalificação urgente" dos troços mais perigosos do IC2.
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