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O Ministério Público deduziu acusação contra sete militares da Força Aérea e contra a mulher de um deles por desviarem bens e fazerem um uso indevido dos serviços.
Os crimes foram cometidos no Aeródromo de Manobra nº1 de Maceda, em Ovar, entre os anos de 2018 e 2021. O Estado foi lesado em mais de 237 mil euros. Estão em causa crimes de recebimento indevido de vantagem, peculato, abuso de poder, denegação de justiça e prevaricação.
A mulher do militar responde por usurpação de funções. A acusação diz que esta arguida chegou a dar ordens e orientações aos militares.
Um dos militares terá sido o principal beneficário dos crimes. Comprava ou desviava bens para a sua residência particular, pagava despesas domésticas e beneficiava de serviços de jardinagem e lavandaria. Também os seus carros particulares faziam a revisão nas oficinas do aeródromo. Já nas épocas festivas recebia refeições para a sua família ou para terceiros e um carro que lhe estava atribuído era usado por outras pessoas.
Um segundo militar foi dos mais beneficiados, tendo usado os meios humanos da Messe para fins pessoais e usufruiu da viatura que lhe tinha sido atribuida em situações de lazer. Também recebeu salários de forma indevida. Já os outros cinco elementos da Força Aérea beneficiaram de bens alimentares.
O Ministério Público pede que os arguidos indemnizem o Estado pelo prejuízo causado. Entre os militares acusados estão oficiais.
