A edição de hoje
No âmbito do ‘mini-processo’ da Operação Marquês. Três crimes de falsificação de documento já prescreveram.
Ministério Público quer Sócrates julgado por lavagem de dinheiro
O Ministério Público (MP) quer José Sócrates e Carlos Santos Silva julgados por três crimes branqueamento de capitais no âmbito do ‘mini-processo’ da Operação Marquês. Neste processo estão ainda em apreciação três crimes de falsificação de documento. Mas o procurador Rosário Teixeira admite que estes já prescreveram. Em causa está a alegada falsificação do contrato de arrendamento de um apartamento em Paris e de dois contratos de prestação de serviços com empresas que terão servido para ocultar a alegada origem ilícita de montantes que terão chegado à esfera do antigo chefe de Governo (2005-2011). A defesa de José Sócrates insistiu que a ideia de que o antigo primeiro-ministro foi corrompido é "pura fantasia" e que os crimes de branqueamento alegadamente associados já prescreveram, numa posição que foi acompanhada pela advogada de Carlos Santos Silva, Paula Lourenço.
Sócrates e Santos Silva sabem no próximo dia 11 se vão ou não a julgamento no processo separado da ‘Operação Marquês’. Depois de ouvir as alegações do MP e das defesas, a juíza Sofia Marinho Pires entendeu que uma semana era o tempo suficiente para tomar uma decisão.
Por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, esta magistrada, que substituiu o juiz Ivo Rosa, foi obrigada refazer a decisão instrutória do colega, que pronunciou Sócrates e Santos Silva apenas por branqueamento de capitais e falsificação de documento. O antigo governante e o empresário enfrentam assim um segundo julgamento. Dentro de um mês, no dia 3 de julho, arranca o julgamento do processo principal da Operação Marquês. Neste processo, com 22 arguidos, José Sócrates responde por 22 crimes e Carlos Santos Silva por 23, incluindo vários de corrupção. A Operação Marquês teve início em julho de 2013.
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