O ministro da defesa, João Gomes Cravinho, e o Chefe de Estado Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca, foram este domingo vaiados por cerca de 500 ex-paraquedistas durante o protesto das comemorações do Dia do Exército que se realizam este domingo em Aveiro.
Os protestos acontecem porque os paraquedistas consideram "uma ofensa" serem proibidos de entoar o cântico dos paraquedistas, "Pátria Mãe", no desfile que se realiza neste dia e pelo facto de a boina verde - típica dos paraquedistas - não ser usada nesta cerimónia.
Os manifestantes acusam o comandante de "não saber quais são as tradições dos paraquedistas" e pedem que se demita.
Ao
Correio da Manhã, alguns dos paraquedistas explicaram os motivos da sua indignação
"Podem modernizar tudo, o fardamento, o equipamento, o que não podem fazer é mudar as tradições das tropas especiais", disse um dos paraquedistas. "Se este senhor não sabe o que são as tradições paraquedistas, que se informe", disse referindo-se ao Chefe de Estado Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca.
"Querem que os paraquedistas não cantem o Pátria Mãe, mas ele não vai conseguir", disse outro dos militares ao
CM. "Os generais estão vendidos ao Governo, é um palhaço", ouve-se ainda entre gritos contra o CEME, pedindo que se não sabe a tradição dos paraquedistas, "que se demita".
"Nós somos irmãos", diz outro dos ex-paraquedistas. "Esse homem não sabe o que é uma família", acrescentou outro.