‘Mondego’ sem energia volta a falhar missão
Navio-patrulha da polémica voltou a avariar 16 dias após a insubordinação a bordo. Ficou à deriva e teve de ser rebocado.
Sérgio A. Vitorino
29 de Março de 2023 às 01:30
Segunda-feira à noite, a “fumarola” da chaminé do ‘Mondego’ - o navio onde 16 dias antes treze marinheiros se recusaram largar, alegando avarias graves que a Marinha veio dizer que não colocavam em risco a segurança - chamava a atenção no Porto do Funchal. Esse “contratempo”, disse a Marinha, por esclarecer fez a partida atrasar.
A missão era levar às Selvagens (250 km a sul) a Polícia Marítima e vigilantes da natureza que ali passam semanas. Acabou por largar às 22h20, mas “por motivos de ordem técnica”, afirma o comandante da Zona Militar da Madeira, parou.
Segundo apurou ao CM, ficou à deriva no mar 6,16 milhas náuticas (11,4 km) a sul do Funchal, uma hora depois de partir. O ‘Mondego’ teve de chamar o reboque, que o levou até ao Porto do Caniçal, onde chegou às 06h30. Fontes não oficiais asseguram ao CM que o navio teve uma falha geral de energia. O ‘Mondego’ não estaria eletricamente operacional já à partida: os polícias não puderam usar os frigoríficos para armazenar os alimentos para as Selvagens. Foram obrigados a levar arcas com gelo.
PORMENORES
nova guarnição
O ‘Mondego’ já não tem na guarnição de 29 elementos os 13 revoltosos (que respondem em processos disciplinares e criminais).
‘setúbal’ substitui
O ‘Mondego’ foi alvo inspeção técnica. O ‘Setúbal’ acabou por sair do continente para a Madeira e levou os polícias e vigilantes para as Selvagens.
governo reage
A ministra da Defesa disse aguardar pela avaliação da inspeção. O primeiro-ministro prometeu melhorar a manutenção.
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