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Motorista de tuk-tuk queixa-se contra polícia por agressão no centro de Lisboa

Homem, que gravou a interação, acusa agente de lhe ter dado três bofetadas
Sérgio A. Vitorino 18 de Setembro de 2023 às 17:36
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Motorista de tuk-tuk queixa-se contra polícia por agressão

Um condutor de tuk-tuk, de 31 anos, apresentou queixa-crime na PSP contra um elemento da Polícia Municipal de Lisboa (também agente da PSP) que acusa de lhe ter dado três bofetadas, uma delas fazendo cair e danificar o telemóvel com que o denunciante gravava uma interação ‘acalorada’ entre ambos.

Segundo fonte policial, a denúncia refere que, pelas 15h00 de sábado, os dois se encontraram na Praça D. Pedro IV (Rossio). O condutor largava passageiros do tuk-tuk e, relatou à PSP, foi abordado pelo polícia "aos gritos e com duas bofetadas no ombro". O agente estaria a dizer que o motorista não poderia estacionar naquele local.

O polícia terá virado a sua atenção para outros motoristas e o denunciante aproximou-se dele a gravar a interação. No vídeo a que o CM teve acesso observa-se o agente a dar uma bofetada na mão do queixoso e o telemóvel a cair ao chão. Depois vão ambos para o interior de um estabelecimento, ouvindo-se ameaças e insinuações de consumo de álcool. Esta situação está descrita na queixa feita à PSP, na esquadra da Baixa, e que terá sido corroborada por um turista que se ofereceu como testemunha e tem a sua versão no processo.

Ao CM, a Câmara de Lisboa confirma "um incidente que envolve um agente da Polícia Municipal, no passado dia 16 de setembro, numa ocorrência com um condutor de um veículo tuk tuk na Praça D. Pedro IV, em Lisboa". "O referido elemento da Polícia Municipal levantou um auto de notícia por contraordenação ao referido condutor, em consequência de infração por desrespeito de sinalização de trânsito. O referido agente elaborou, no próprio dia, uma participação circunstanciada, na qual relata toda a ocorrência", refere.

Questionada sobre o levantamento de processo de inquérito ou disciplinar, a autarquia afirma que "enquanto não for concluído o referido procedimento, não poderão ser prestados mais esclarecimentos, procurando assim garantir os direitos de denúncia, de defesa e o direito ao bom nome e salvaguarda de reputação dos envolvidos". 

 

PSP Polícia Municipal de Lisboa crime lei e justiça polícia
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