A mulher que está a ser julgada por envolvimento no homicídio de Vítor Horta, de 70 anos, mantinha um relacionamento íntimo com a vítima. A revelação foi feita esta sexta-feira por testemunhas no Tribunal de Faro, onde está a ser julgado também um homem por ligação ao crime.
O caso ocorreu em setembro do ano passado. Vítor Horta foi encontrado morto na casa onde residia em São Brás de Alportel, após um incêndio na habitação.
Esta sexta-feira, durante a segunda sessão do julgamento do casal, uma testemunha revelou que foi ela quem deu o telefone da arguida à vítima, com a intenção de marcar um encontro sexual.
Segundo o Ministério Público, foi usada uma garrafa de álcool para atear fogo à habitação da vítima e que terá servido para esconder as agressões violentas que Vítor Horta sofreu dentro da casa.
Na sessão de julgamento de sexta-feira, três testemunhas afirmaram que a arguida "levava sempre um kit com material sexual e uma garrafa de álcool para os encontros".
Já o primo da arguida confirmou perante o coletivo de juízes que tinha conhecimento do "trabalho de acompanhante" que esta realizava.
PORMENORESADN em garrafa de álcoolSegundo o Ministério Público, foi usada uma garrafa de álcool para atear fogo à casa, de forma a encobrir o crime. O recipiente tinha o ADN do homem. Os arguidos estão acusados dos crimes de roubo agravado e de incêndio na forma tentada. O suspeito está ainda acusado de homicídio qualificado.
Próxima sessãoA próxima sessão de julgamento irá decorrer no dia 8 de novembro. Falta apenas uma informação já requerida à operadora NOS para que sejam feitas as alegações finais do julgamento.