A edição de hoje
Venda forjada de prédio dá 5 anos de pena suspensa a arguida.
Uma mulher de 90 anos, a reclusa mais velha em Portugal, foi esta quinta-feira condenada no Campus de Justiça, Lisboa, a 5 anos de prisão, com pena suspensa. Os juízes consideraram Rosa Vegele culpada por ajudar o filho e a nora numa burla na venda de um prédio – e sublinharam que só não lhe deram pena efetiva pela idade.
A brasileira foi presa pela PSP em novembro de 2016. Chegou a Portugal a pedido do filho, José, quando este cumpria 12 anos de prisão por burlas em Pinheiro da Cruz. O recluso, que entretanto se evadiu, propôs à mãe um esquema de falsificação de documentos de uma assembleia geral de uma empresa. A ideia era vender um imóvel, propriedade desta firma, crime consumado em outubro desse ano.
José Vegele foi entretanto recapturado e colocado na cadeia de Monsanto, em Lisboa. Rosa gastou parte dos 300 mil euros lucrados com a venda do imóvel e foi presa. Colocada em prisão preventiva, a brasileira foi ontem considerada culpada dos crimes de burla qualificada e burla tentada, falsificação de documentos e branqueamento.
A juíza Helena Pinto aplicou 5 anos, em cúmulo jurídico "Por ser idosa e sem cadastro, suspendo a pena. Está proibida de sair do País. Sai da prisão e fica com apresentações", disse a magistrada.
O filho, José Eduardo, foi condenado a 10 anos de prisão, e a nora, Adriana, a seis. Os outros 4 arguidos, incluindo João, neto da idosa, foram absolvidos. Lopes Guerreiro, advogado de Rosa e do filho, disse que vai recorrer da sentença deste último.
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