Maria Carolina Teixeira Faria, de 48 anos, casada e mãe de dois filhos, foi atacada, cerca das 09h00 da manhã, no jardim da casa onde trabalha como governanta.
O doberman, com cerca de sete anos, passeava-se diariamente pelos jardins da casa senhorial e era alimentado pela vítima, não tendo nunca demonstrado sinais de agressividade. Todavia, ontem, quando Maria Carolina abria os portões a um operário que ia realizar trabalhos eléctricos na quinta, agarrou o cão para o proteger, tendo sido de imediato atacada, na zona da face e cabeça.
Em socorro da vítima, o homem pegou numa pedra e lançou-a em direcção à cabeça do animal, atordoando-o e evitando o pior. “Salvou--lhe a vida. Se não fosse ele o cão matava-a”, disse João Ferreira, caseiro da quinta, ainda abalado com o ocorrido. Segundo outros testemunhos, recolhidos pelo CM no local, o operário ficou de tal forma em pânico que desmaiou.
Maria Carolina, com graves ferimentos na cabeça e face, principalmente num olho, foi transportada pelos Bombeiros da Lixa ao Hospital de Amarante e depois reencaminhada para o Porto.
O animal, que segundo apurou o CM tem seguro e está registado, continuava ontem no interior da quinta, desconhecendo-se que medidas serão tomadas pelas autoridades ou pelos donos, que se encontram ausentes durante o fim-de-semana. A GNR da Lixa tomou conta da ocorrência, mas não adianta informações quanto ao destino do cão.
OUTROS CASOS
MORTE
No dia 21 de Março deste ano, Vira Chudnenko, uma imigrante ucraniana, foi atacada até à morte por quatro cães rottweiler, na Várzea de Sintra. Os animais terão fugido de uma vivenda em construção. Foi a segunda morte registada em cinco anos.
FERIDOS
Em menos de cinco dias, no início deste mês, um construtor civil foi mordido por um pitbull numa perna, em Almancil, e uma mulher de 59 anos ficou ferida num braço após ter sido atacada por um rottweiler, quando entrava numa loja, em Loulé.
ARQUIVADO
A 9 de Novembro de 2005, na Quinta do Conde, Sesimbra, uma menina de cinco anos foi atacada por um cão de raça rottweiler, que lhe mordeu nas orelhas, braços e pernas. O Ministério Público arquivou o processo contra o dono do animal.
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