A edição de hoje
João Paulo Dias admite que matou uma mulher, de 81 anos, mas garante que não foi intencional.
João Paulo Dias, de 45 anos, confessou esta segunda-feira no Tribunal de Aveiro que matou, a 26 de maio do ano passado, uma idosa, de 81 anos, e que congelou o cadáver numa arca frigorífica.
O arguido alegou que abordou a vítima em casa, em Salreu, Estarreja. Disse-lhe que queria comprar uma galinha e a idosa pediu-lhe que voltasse mais tarde. Foi já por volta das 20h00 que o crime ocorreu.
"Na cozinha, ela não me quis dar um copo de vinho e eu descontrolei-me. Meti-lhe um lenço na boca e fita-cola à volta da cabeça. A senhora caiu. Eu não queria matá-la", garantiu.
O Ministério Público diz que o homem agrediu e asfixiou a vítima, mas João Paulo justificou que as lesões que aquela apresentava resultaram de quedas. Negou também ter, tal como consta da acusação, violado a vítima antes de a matar. "Não, não, não. Eu não fiz isso. Ela podia ser minha mãe", alegou.
O homicida, que está preso, acrescentou que, depois, roubou à vítima 140 euros e um telemóvel. Passou a noite na casa da mulher e só de manhã viu que estava morta. "Meti o corpo na arca porque tinha medo de ser apanhado", justificou o arguido, que bebeu bagaço antes e depois de matar a idosa.
João Paulo está ainda acusado de tentar matar, por envenenamento, uma companheira. Quinze dias antes de assassinar a idosa, o homem colocou líquido de desentupir canos num copo de groselha.
O arguido alegou que a bebida era para se suicidar, mas que a companheira bebeu-a por engano.
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