O navio patrulha ‘Mondego’ saiu na manhã desta quarta-feira pela primeira vez para o mar, do porto do Funchal, desde que, no dia 11, treze marinheiros recusaram largar numa missão de acompanhamento de um navio russo de espionagem que passou a apenas 30 km de Porto Santo (Madeira). Esses militares, que alegaram temer pela vida devido a avarias no ‘Mondego’ – a Marinha afirma que o navio poderia realizar a missão "em segurança" -, estão a ser alvo de processos disciplinares na Armada, que ainda os denunciou à PJ Militar pelo crime de insubordinação, pelo qual arriscam até 5 anos de cadeia.
De acordo com fonte da Marinha, a saída do ‘Mondego’ para o mar faz parte dos treinos a que estão a ser submetidos os novos 13 elementos da guarnição, que substituíram os revoltosos, mandados regressar a Lisboa. Servirá ainda para verificar os arranjos realizados a algumas das avarias no ‘Mondego’.
O ‘Mondego’ é o único navio da Marinha na Zona Marítima da Madeira, onde realiza missões de busca e salvamento e de soberania.