"São casos pontuais, mas têm tendência a aumentar. Algumas pessoas estão desesperadas devido à crise. Outras estão relacionadas com criminosos", referiu um comerciante da vila.
Mas para a população e autarcas são os assaltos em residências e montes isolados que mais preocupam. "Já ninguém dorme de porta aberta. As pessoas estão mais vigilantes porque temem o aumento dos assaltos", disse José Matos, da junta de freguesia local. A GNR, que em 2008 deslocou o posto da vila para uma aldeia a dez quilómetros, refere que a localidade tem merecido "especial atenção por ser propícia à ocorrência de ilícitos contra o património". A maioria furtos de cobre.
DISCURSO DIRECTO
"POSTO DA GNR TEM DE VOLTAR PARA A VILA": José Matos, secretário da Junta de Ferreira
Correio da Manhã – A vila de Ferreira do Alentejo é segura?
José Matos – Foram registados agora dois crimes mais violentos. Mas são situações pontuais. Há mais furtos em residências e montes isolados. Mas, por enquanto, não vivemos num clima de insegurança.
– Não teme o aumento do número de assaltos ?
– Acredito que com a crise possam haver mais ocorrências. As pessoas já têm mais cuidado e estão vigilantes.
– Há policiamento suficiente?
– É necessário um policiamento mais efectivo da GNR. Nota-se a falta de militares na rua. Mas a situação que nos preocupa é o facto de a vila não ter um posto da GNR. Há quatro anos, o efectivo foi transferido provisoriamente para o posto da ex-brigada fiscal, em Figueira de Cavaleiros.
– Mas tornou-se uma medida definitiva?
– Há um terreno cedido pela câmara. O posto da GNR tem de voltar para a vila.