Celestina Pereira, dona do bar Tropical II, no Porto, foi esta quarta-feira condenada a oito anos e meio de cadeia por ter sacado mais de 220 mil euros a 32 clientes, aliciados pela Internet a sexo e burlados em operações no terminal multibanco do estabelecimento.
"E sempre com um único objetivo: limpar as contas bancárias. Nunca vi uma ânsia tão grande de chegar ao fundo do pote", disse o juiz João Grilo Amaral.
Sandra, funcionária tida por braço-direito de Celestina, foi condenada a cinco anos e meio de cadeia. O filho da dona do bar de alterne apanhou pena suspensa de três anos, o marido e outra funcionária cumprirão dois anos e meio.
Celestina chorou ao ouvir o juiz. As lágrimas não o convenceram: "Disse aqui ‘Não me deixem morrer na cadeia’, mas quando sacava aquelas quantias de dinheiro, pensou nisso? A senhora não tinha pejo nenhum", afirmou.