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"Mário Soares nunca desistiu", diz Marcelo

País reage à morte de Mário Soares.

07 de janeiro de 2017 às 17:00

Mário Soares morreu, este sábado, no hospital da Cruz Vermelha. Personalidades e entidades portuguesas reagem assim à morte do antigo Presidente da República.

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"Mário Soares nunca desistiu"

Marcelo Rebelo de Sousa

"Mário Soares nasceu e formou-se para ter uma causa para a sua luta.", começou assim o Presidente da República o discurso em reação à morte de Mário Soares. "Foi em homenagem à liberdade que se viu seguido, preso e deportado e viveu no isilio até 1974." Mário Soares "nunca desistiu", afirmou Marcelo.

António Costa

O primeiro-ministro declarou que "ninguém contribuiu tanto como Mário Soares para a construção do Portugal pós-25 de Abril" e que foi "seguramente quem melhor interpretou o papel de Presidente" da República.

Estas considerações de António Costa constam de um artigo de opinião hoje publicado no Diário de Notícias, intitulado "Sempre livre, como um pássaro" e inspirado numa frase dita aos jornalistas pelo antigo líder socialista Mário Soares quando caiu um dos seus governos.

D. Manuel Clemente

"Um contributo notável, irrecusável, para agradecer e inaltecer no estabelecimento da democracia em Portugal",  reagiu D.Manuel Clemente à morte de Mário Soares.

"Devemos muito muito a ele, sobre tudo naqueles anos da implementação da democracia, nos anos 70", acrescentou o Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Januário Torgal Ferreira

O bispo emérito das Forças Armadas, Januário Torgal Ferreira, referiu-se a Mário Soares, falecido no sábado, em Lisboa, como um "homem inteligente, essencialmente livre", e de convicções.

"Eu destaco sobretudo a sua sensibilidade ao mundo social, à evolução e ao desenvolvimento, a políticas que podem ser opressoras e destrutivas", disse à agência Lusa Januário Torgal Ferreira.

Luís Filipe Vieira em nome do Benfica

"Nesta hora de enorme perda para o país e para a lusofonia de uma grande personalidade, fundadora da democracia portuguesa, promotora da adesão de Portugal à União Europeia e titular dos principais cargos políticos de Portugal, em meu nome pessoal e do Sport Lisboa e Benfica expresso o mais profundo pesar pelo falecimento do Dr. Mário Soares e apresento à família e ao Partido Socialista, de que foi fundador, as mais sentidas condolências", lê-se no comunicado do clube 'encarnado'.

Presidente da Federação Portuguesa de Futebol

"Uma referência única na história e da democracia do país", referiu Fernando Gomes.

"O seu combate por uma sociedade mais democrática, plural e progressista serviu e servirá sempre de referência a quem, como ele, amava profundamente e queria servir Portugal", afirmou o presidente da FPF, em comunicado.

Fernando Gomes disse ainda que, "ao lutar pelos seus ideais de justiça, liberdade e igualdade, Mário Soares tornou-se não só num dos mais importantes políticos da história moderna, mas, igualmente, contribuiu para tornar melhor o país".

Presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista

Manuel Pizarro referiu-se a Mário Soares como uma figura "imortal" que nunca temeu discutir as suas ideias.

"Acho que o Mário Soares é imortal e, portanto, fazer isto que estamos aqui a fazer hoje se calhar é uma forma de homenagearmos o extraordinário legado que ele deixou à vida pública portuguesa", afirmou o presidente.

Partido Socialista 

O PS considerou que "Portugal perdeu hoje o pai da Liberdade e da Democracia, a personalidade e o rosto que os portugueses mais identificam com o regime nascido a 25 de abril de 1974".

Com o desaparecimento de Mário Soares, o PS salienta, numa declaração publicada na sua página oficial, que "acaba de sofrer a maior das perdas imagináveis, a sua maior referência, o fundador e militante número 1, figura maior e indelével do socialismo democratico português e europeu".

Eurodeputados Partido Socialista

A Delegação do Partido Socialista no Parlamento Europeu considera Mário Soares a figura maior do socialismo democrático e da social-democracia em Portugal e um dos mais prestigiados políticos europeus e mundiais.

"Mário Soares foi a figura maior do socialismo democrático e da social-democracia em Portugal e um dos mais prestigiados políticos europeus e mundiais. Paladino da liberdade, entre as múltiplas e relevantes funções que desempenhou esteve a de membro do Parlamento Europeu eleito pelo Partido Socialista, o seu partido de sempre", refere uma nota dos eurodeputados socialistas.

Basílio Horta

"Com o falecimento do dr. Mário Soares, Portugal e a Europa perdem uma das suas grandes referências históricas e políticas. Um dos vultos que mais lutou por um mundo feito de homens livres e de pátrias democráticas", afirmou Basílio Horta.

O autarca salientou que "há homens que são história", como é o caso de Mário Soares, acrescentando que "desapareceu uma das personalidades mais marcantes da nossa contemporaneidade".

Carlos César

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, afirmou que Mário Soares foi "um guardião da democracia", e considerou este um "dia triste" para o partido e para a memória coletiva do país.

"Não morreu um dirigente socialista, mas um grande português, um obreiro das liberdades, um guardião da democracia", afirmou Carlos César, referindo que, "por isso, todos os portugueses, independentemente da sua condição partidária, estarão, certamente, associados neste momento numa manifestação coletiva de pesar e numa homenagem à memória de luta e à memória de concretização que representou a atuação política de Mário Soares e o seu comportamento físico ao longo destas últimas décadas".

Manuel Alegre

O político e poeta Manuel Alegre evocou Mário Soares como um combatente antifascista que cedo teve a visão que era preciso criar um partido que tivesse o apoio da Internacional Socialista e dos partidos democráticos.

Manuel Alegre, em entrevista à RTP, considerou ainda que a morte no sábado de Mário Soares significa um luto não só para si, para os filhos, a família e amigos, mas também para o país, do qual foi primeiro-ministro e Presidente da República.

Pedro Santana Lopes

O antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD lamentou hoje a morte de Mário Soares, lembrando que, como político, "ninguém o vergava".

"É um dia muito triste para Portugal. Mário Soares faz parte das pessoas que não quer que estejamos tristes, mas que lembremos o que ele fez na vida. Ninguém o vergava", escreveu o atual provedor da Santa da Misericória, Pedro Santana Lopes, na sua conta no Facebook.

Pedro Passos Coelho

O líder do PSD lamentou hoje a morte do antigo Presidente da República, que classificou como "um grande democrata" e "um político polémico".

"É um dia triste para todos os portugueses", referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos.

Para Passos Coelho, "será impossível" escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos "sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva".

Ramalho Eanes

O ex-Presidente da República Ramalho Eanes recordou a forma como Mário Soares lutou em prol da liberdade e democracia, considerando que o antigo chefe de Estado irá ocupar um lugar de grande relevância na história de Portugal.

"Pela ação de combate político determinado que desenvolveu em prol das liberdades e da democracia, primeiro, e depois da consolidação de uma democracia moderna, constitucional, pluralista, Mário Soares tem direito ao reconhecimento da pátria e tem obviamente o direito a ocupar um lugar de grande relevância na história no nosso país", afirmou Ramalho Eanes, numa declaração aos jornalistas.

FC Porto

O FC Porto elogiou o papel relevante do antigo Presidente da República e ex-primeiro-ministro Mário Soares "na transição de uma negra ditadura de 48 anos para um regime democrático".

"A relação entre Mário Soares e o FC Porto foi sempre fraterna: o primeiro primeiro-ministro português eleito democraticamente, em 1976, foi também o Dragão de Honra inaugural, em 1986, na segunda entrega dos Dragões de Ouro. Trata-se da mais alta distinção atribuída pelo clube", refere o FC Porto em comunicado.

Presidente da Assembleia da República

Eduardo Ferro Rodrigues lembra Mário Soares como "um grande português" e um dos fundadores da democracia em Portugal.

"É com grande pesar que tomo conhecimento do falecimento de Mário Soares.

É costume dizer-se dos grandes políticos que a sua vida se confunde com a do tempo histórico que viveram. No caso de Mário Soares, não será exagerado dizer que é o último quartel do século XX português que se confunde com ele", lê-se numa mensagem de Ferro Rodrigues, divulgada no 'site' do parlamento.

Rui Machete

O antigo vice-primeiro-ministro Rui Machete considerou que Portugal perdeu no sábado uma "figura notável", lembrando o papel relevante de Mário Soares na assinatura, em 1985, do Tratado de adesão de Portugal à CEE.

Rui Machete, que integrou o governo do Bloco Central então chefiado por Mário Soares, lembrou o antigo líder do PS como um homem corajoso, convicto e determinado que, no período político conturbado a seguir ao 25 de Abril, interveio de forma central para evitar que o país mergulhasse numa guerra civil

Carlos Brito

O antigo dirigente e líder parlamentar comunista recebeu com "profundo desgosto" a notícia da morte de Mário Soares, o "companheiro de muitas conspirações pela liberdade", que deixou "marca profundíssima" na democracia.

"É um profundo desgosto. Neste momento, o que me ocorre é prestar homenagem à grande figura de resistente que ele foi, um lutador pela liberdade, um homem de Estado, polémico sempre, mas que deixou uma marca profundíssima no regime democrático", afirmou Carlos Brito.

Catarina Martins

A coordenadora do BE saudou a memória do estadista Mário Soares, destacando o seu papel de "antifascista" e "anticolonialista", após assinar o livro de condolências na sede nacional do PS, em Lisboa.

"Viemos dirigir as nossas condolências ao PS e à família de Mário Soares. Saudamos a memória do combatente antifascista, anticolonialista", afirmou Catarina Martins, ladeada pela eurodeputada e ex-candidata à Presidência da República Marisa Matias e pelo também dirigente bloquista Luís Fazenda.

A deputada do BE sublinhou que Soares "teve uma história política longa, muitas vezes em confronto com a esquerda, outras vezes em aliança", mas reconheceu: "é, seguramente, uma figura que marca o século XX e a nossa democracia".

Manuel Machado

Portugal "perdeu um dos grandes construtores, talvez o maior, da democracia portuguesa", disse o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses. "Mário Soares foi um combatente antifascista coerente e consequente, um homem de resistência e que resistiu ao longo de toda a vida aos ataques que sofreu", sustenta o autarca socialista. Apesar das "contrariedade e ofensas de que foi vítima", Mário Soares "manteve sempre o [seu] espírito de resistência e otimismo", na luta para que "Portugal fosse um país livre", sublinha.

Maria Teresa Horta

A escritora lamentou a morte do antigo presidente da República classificando-o como uma "espantosa referência de coragem" e um "garante da liberdade".

"É um dia muito triste. Todos nós sabíamos que iria morrer mais dia menos dias, mas a morte de uma pessoa é sempre o fim é sempre algo de incompletude, mas o doutor Mário Soares foi sempre para mim uma referência. Eu lembro-me perfeitamente da importância que ele teve durante o fascismo, quando estava eu a começar a trabalhar na oposição ao fascismo, foi sempre para mim uma espantosa referência de coragem, um garante da liberdade.

Maria Teresa Hora recorda a "maior manifestação" em que participou, ainda "muito nova", na altura em que Mário Soares foi deportado.

Jorge Sampaio

O antigo Presidente da República evocou a memória de Mário Soares lembrando a "resiliência" do antigo chefe de Estado e dizendo que o momento é de "profundo pesar" para Portugal e para a Europa.

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"Foi um grande construtor da Democracia"

Recordando a "extraordinária capacidade de luta" de Soares ao longo da sua vida, Sampaio - que falava aos jornalistas em Lisboa - elogiou Mário Soares por ter estado sempre na "primeira linha" da defesa do país.

"Foi preso, exilado, nunca perdeu o seu amor por Portugal. Sempre acreditou naquilo que era o interesse de Portugal e no que era estrategicamente vital para a democracia portuguesa", assinalou.

Ferro Rodrigues

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, lembra o antigo Presidente da República Mário Soares, que morreu hoje aos 92 anos, como "um grande português" e um dos fundadores da democracia em Portugal.

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"Morreu o militante número um da Democracia portuguesa"

"É com grande pesar que tomo conhecimento do falecimento de Mário Soares. É costume dizer-se dos grandes políticos que a sua vida se confunde com a do tempo histórico que viveram. No caso de Mário Soares, não será exagerado dizer que é o último quartel do século XX português que se confunde com ele", lê-se numa mensagem de Ferro Rodrigues, divulgada no 'site' do parlamento.

PAN

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) lamentou a morte do antigo Presidente da República Mário Soares, uma das figuras "mais marcantes dos séculos XX e XXI", destacando o legado "de dedicação e luta pela democracia".

"Portugal perdeu uma das suas figuras políticas mais marcantes do século XX e XXI", que deixa "um legado de dedicação e luta pela democracia ainda no Estado Novo e de fulgor na defesa de um estado social já depois da Revolução de Abril", referiu o deputado e dirigente do PAN, André Silva, numa nota enviada à agência Lusa.

Capoulas Santos

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, considerou que Portugal perdeu uma "figura marcante da sua história" e o Alentejo "um amigo" com a morte de Mário Soares.

Afirmando ter perdido um amigo e uma pessoa com quem tinha "uma relação de amizade e de respeito", Capoulas Santos observou, em declarações à agência Lusa, que Mário Soares "tem o seu lugar reservado na história".

"Portugal perdeu uma figura marcante da sua história", sublinhou o ministro da Agricultura, Florestas e do Desenvolvimento Rural, natural do Alentejo, região da qual, frisou, Mário Soares era "um amigo".

Rui Moreira

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, lembrou hoje o antigo Presidente da República Mário Soares como um "grande lutador pela liberdade" que combateu "todos os totalitarismos". Numa mensagem publicada na página da autarquia na Internet, Rui Moreira recordou "um político raro, que respeitava a opinião dos outros, mesmo quando deles discordava, ou quando os outros discordavam dele".

"Um homem culto, sempre interessado por tudo [o] que o rodeava. Um democrata valente e irredutível, um europeu convicto. Uma pessoa feliz, num país tantas vezes triste, que fez amigos entre correligionários e adversários", acrescentou o presidente da Câmara Municipal do Porto, que destacou que a cidade se associa aos três dias de luto nacional declarados pelo Governo.

Cavaco Silva

O ex-Presidente da República Cavaco Silva lembrou o antigo chefe de Estado Mário Soares, que morreu hoje aos 92 anos, como uma das personalidades mais marcantes do século XX português, sublinhando a sua faceta de "verdadeiro animal político".

"A morte do doutor Mário Soares é um momento de profunda consternação para a generalidade dos portugueses. Foi indiscutivelmente uma das personalidades mais marcantes do século XX português", afirmou Cavaco Silva, numa declaração aos jornalistas no Convento do Sacramento, o gabinete de trabalho que ocupa desde que deixou a Presidência da República, em março de 2016.

Apesar de reconhecer que em alguns momentos da vida política foi um adversário de Mário Soares, Cavaco Silva destacou as suas capacidades de "verdadeiro animal político".

Francisco Pinto Balsemão

O antigo primeiro-ministro português Francisco Pinto Balsemão recordou hoje "o grande democrata" Mário Soares, antigo Presidente da República falecido hoje, que desempenhou dois mandatos presidenciais com "grande dignidade, competência e capacidade".

"Era um grande democrata. Lutou contra a ditadura de direita e por isso foi preso, foi exilado, mas nunca cedeu", afirmou hoje Pinto Balsemão em declarações à SIC Notícias, canal de televisão do grupo Impresa, ao qual preside.

José Sócrates

O antigo primeiro-ministro José Sócrates lamentou hoje a morte do "grande companheiro político e amigo" Mário Soares, que classificou de "dirigente político carismático" que "ficará para a História".

José Sócrates salientou a "vida política tão rica e diversificada" de Mário Soares, recordando-o como um dos "grandes combatentes pela liberdade e pela democracia" em Portugal.

Sócrates lembrou ainda a forma como Mário Soares enfrentou a ditadura, sofrendo a "prisão, o exílio e o desterro" antes do seu regresso triunfal após o 25 de Abril.

Helena Roseta

A deputada e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, afirmou hoje que Mário Soares foi um homem que mudou a história de Portugal, da Europa e do mundo, lembrando que mudou também a sua vida.

"O dr. Mário Soares foi um homem que mudou a história de Portugal, da Europa e do mundo e, no que me diz respeito, mudou a minha vida", declarou Helena Roseta, contactada pela Agência Lusa.

João Cravinho

O ex-ministro socialista João Cravinho considerou hoje que Mário Soares representa "o melhor do combate" dos portugueses pela liberdade, destacando que em todas as circunstâncias fez o que pôde para unir pessoas.

"Não tendo sido surpresa, [a morte de Mário Soares, hoje], foi um enorme choque. Porque Mário Soares é para a grande maioria dos portugueses um homem que representa o melhor do nosso combate pela liberdade", considerou João Cravinho, em declarações à agência Lusa. 

Maria João Seixas

A jornalista Maria João Seixas destacou "a grande alegria de viver, [e] a grande afabilidade" de Mário Soares, falecido no sábado em Lisboa, e também a "grande perseverança na perseguição dos seus ideais".

Maria João Seixas

"Não conheço ninguém que se tenha batido e referido tão bem a essa ideia maior que é a da liberdade, como o doutor Mário Soares", disse à agência Lusa Maria João Seixas.

O ex-Presidente da República "deixa um legado vivo, tão vivo quanto ele era, e temos que saber honrar e inspirar-nos [nele]. Talvez depois da morte muita gente se venha a inspirar no que ele fez e no modo como o fez", afirmou.

Rui Veloso

O ex-Presidente da República, Mário Soares, hoje falecido em Lisboa, foi "provavelmente a maior figura da democracia portuguesa", "homem de cultura e visão", disse à agência Lusa o músico Rui Veloso, que o conheceu em 1969.

Mário Soares foi, "provavelmente, a maior figura da democracia portuguesa. Homem de cultura e visão", disse à agência Lusa o músico, que foi o autor de um dos hinos da campanha presidencial de Mário Soares em 1986, o "Rock da Liberdade".

José Manuel dos Santos

O membro da Comissão Política Nacional do PS e assessor do antigo chefe de Estado em Belém, entre 1986 e 1996, salienta, num depoimento enviado à agência Lusa, que "era da vida que Mário Soares gostava" e "foi por isso que amou a liberdade, sem a qual, para ele, o único sentido da vida é lutar por ela". 

"O seu socialismo democrático era instintivo. Aliava a liberdade às condições de justiça e dignidade material, sem as quais a liberdade se perde e com ela uma vida com nome próprio. O seu génio político firmava-se nesta certeza vital", sustenta José Manuel dos Santos, uma dos amigos mais próximos do antigo Presidente da República desde a década de 70.

Paulo Futre

O antigo futebolista Paulo Futre afirmou que o antigo Presidente da República Mário Soares, que morreu no sábado, lhe salvou a carreira, concedendo-lhe o estatuto de alta competição e adiando o cumprimento do serviço militar.

"Como político, pode-se ou não gostar de Mário Soares e concordar ou não com o que fez. A nível pessoal, para mim, foi muito importante. Foi ele quem salvou a minha carreira", refere Paulo Futre num texto publicado hoje na sua página na rede social Facebook.

Irene Flunser Pimentel

A historiadora Irene Flunser Pimentel realçou que o ex-Presidente da República Mário Soares, falecido no sábado, foi "um combatente por instinto, tinha a vontade de mudar e foi um filho do seu tempo".

Flunser Pimentel recordou à Lusa que Mário Soares "desde muito cedo, ainda jovem", se iniciou nas lides políticas, logo em 1942, foi "muito influenciado pela família, que já era republicana e combatente política, sobretudo contra a ditadura, do lado republicano, o lado ideológico que mais tarde o leva a afirmar que é republicano, laico e socialista"

"Foi muito importante, e havia para esses jovens uma postura de combate, de luta política e de modificação da sociedade", sublinhou.

Para a historiadora, "esta postura sempre o guiou e ao mesmo tempo, conjugado com um enorme otimismo, com a convicção de que se podia lutar e combater para modificar uma situação política errada".

Irene Flunser Pimentel

A historiadora Irene Flunser Pimentel realçou que o ex-Presidente da República Mário Soares, falecido no sábado, foi "um combatente por instinto, tinha a vontade de mudar e foi um filho do seu tempo".

Flunser Pimentel recordou à Lusa que Mário Soares "desde muito cedo, ainda jovem", se iniciou nas lides políticas, logo em 1942, foi "muito influenciado pela família, que já era republicana e combatente política, sobretudo contra a ditadura, do lado republicano, o lado ideológico que mais tarde o leva a afirmar que é republicano, laico e socialista"

"Foi muito importante, e havia para esses jovens uma postura de combate, de luta política e de modificação da sociedade", sublinhou.

Para a historiadora, "esta postura sempre o guiou e ao mesmo tempo, conjugado com um enorme otimismo, com a convicção de que se podia lutar e combater para modificar uma situação política errada".

Lourdes Norberto

A atriz, amiga pessoal de Mário Soares, hoje falecido em Lisboa, de quem foi apoiante política, realçou "a bondade" do fundador do PS, que era "um homem de convívio".

A atriz que tem uma relação de longa data com a família do ex-Presidente da República, afirmou emocionada que Mário Soares "era uma homem de bondade, de convívio, e sempre preocupado com os outros".

Álvaro Amaro

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, o social-democrata Álvaro Amaro, considerou que Mário Soares "fará eternamente" parte da História de Portugal e é um homem a quem o país "muito deve".

"É a perda de um homem que fará eternamente parte da História de Portugal", disse hoje o autarca à agência Lusa.

Vasco Lourenço

O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, lamentou hoje a morte de Mário Soares, que classificou como "um dos maiores lutadores que ajudaram a criar as condições para que os «capitães» pudessem realizar Abril".

"Portugal perdeu um dos seus principais cidadãos, um lutador intemerato e incansável pela liberdade, pela democracia, pela justiça, pela igualdade, pela paz, pela solidariedade, isto é, pelos direitos humanos", escreve Vasco Lourenço na página da rede social Facebook da associação a que preside.

Alberto João Jardim

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira, disse no sábado que com a morte do antigo Presidente da República Mário Soares "Portugal perdeu uma figura marcante da sua história". "É com pena que vejo partir uma pessoa que assumo que também admirei", disse Jardim à RTP-Madeira. 

O ex-governante madeirense reconheceu que Mário Soares, "apesar de não ser propriamente um simpatizante da autonomia ou pelo menos não ser um autonomista", quando desempenhou os cargos de Presidente da República e de primeiro-ministro "teve sempre o empenho e o cuidado para que a limitada autonomia que temos na Constituição fosse sempre respeitada em Portugal".

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