Mulher era vítima de violência doméstica. Agressor também morreu numa explosão que provocou na casa onde cometeu os crimes.
A mãe de Alfie Hallett, o menor de 13 anos que foi morto à facada pelo padrasto em Tomar, reagiu à morte do filho. Rachel, de 43 anos, citada pelo jornal britânico Metro, disse que preferia ter sido ela a morrer no ataque que chocou o País e foi notícia lá fora na passada terça-feira.
A mulher afirmou que "respirar dói" e que o mundo "acabou" com a morte da criança. Rachel apelidou o agressor, um homem português de 43 anos, como um "monstro".
"Ele foi tirado de mim de forma tão injusta e cruel por aquele monstro – cedo demais, quando ele ainda tinha tanto para viver, tanto para dar ao mundo. Sinto tanta falta dele que até respirar dói. Queria que ele me tivesse levado também, porque o meu mundo acabou no dia em que o perdi. O meu coração está partido, despedaçado, e não sei como vou conseguir superar isso. Espero, do fundo da minha alma, que Alfie sempre tenha sabido o quanto era amado – por mim, acima de tudo, com cada fibra do meu ser. Ele era tudo para mim, a minha razão de viver.", afirmou Rachel.
A mulher inglesa era vítima de violência doméstica e as autoridades portuguesas estavam a par da situação. Na passada terça-feira, o ex-companheiro de Rachel manietou e agrediu a mulher em casa, em Casais, Tomar. A vítima pediu ajuda à GNR, mas as autoridades não chegaram a tempo. Alfie foi esfaqueado até à morte e a mãe assistiu a tudo.
Após cometer os crimes, Gonçalo Carvalho barricou-se em casa e desferiu alguns golpes no próprio peito. Acabou por morrer na sequência da explosão que provocou.
Alfie era atleta de basquetebol no Sport Club Operário de Cem Soldos, Tomar. Segundo a avó, "tinha um coração de ouro" e morreu a tentar proteger a mãe.
O homicida já tinha cadastro. Chegou a cumprir pena de prisão por homicídio qualificado. Trabalhava numa loja e mantinha hábitos de consumo de estupefacientes.
Para ajudar a mãe da criança, os amigos juntaram-se e criaram uma campanha de angariação na plataforma 'GoFundMe'. Já foram doados mais de seis mil euros.
"A Rachel trabalhou arduamente para sustentar e suportar o seu filho único Alfie, financeira e emocionalmente. Agora, neste tempo de tragédia inimaginável, gostaríamos de dar a todos os que querem ajudar, a possibilidade de doar algum dinheiro para, pelo menos, aliviar as preocupações financeiras com o funeral do seu precioso filho e talvez também providenciar à Rachel os meios para ela ter uma pausa enquanto lida com este momento traumatizante e de devastação do seu mundo", lê-se na descrição da campanha.
Rachel e Alfie chegaram a Portugal em 2016, depois da mulher se ter separado do pai do filho.
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