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Oficial da GNR pago com sexo e vinho

Tenente-coronel de Portalegre responde por 19 crimes de corrupção.
Ana Luísa Nascimento 26 de Setembro de 2016 às 01:45
Oficial da GNR pago com sexo e vinho
Vinho, azeite, perfumes, almoços e jantares e serviços sexuais em estabelecimentos de diversão noturna. Segundo o Ministério Público, eram estas as formas de pagamento do empresário António Louro ao tenente-coronel da GNR Jorge Ferrão pelas informações que lhe permitiam fugir a operações de fiscalização na zona de Portalegre.

O esquema, montado pelo tenente e pelo cabo Joaquim Santos, do Posto Fiscal de Elvas, funcionou durante todo o ano de 2015: a troco de informações relacionadas com a localização das brigadas de fiscalização de transporte de mercadorias, obtinham vantagens económicas. Jorge Ferrão, tratado como ‘padrinho’, era o cabecilha do esquema que foi detetado e investigado pela própria GNR e para o qual levou, além de Joaquim Santos, outros dois militares.

Apanhados em escutas telefónicas, acabaram todos detidos no início deste ano, juntamente com vários empresários da região. No total, 18 pessoas, entre as quais quatro GNR, foram agora acusadas pelo Ministério Público de Évora. Segundo a acusação, só na casa de Jorge Ferrão foram apreendidas 70 garrafas de vinho, mais de uma dezena de garrafões de azeite e 15 embalagens seladas de perfumes.

O ‘padrinho’ terá sido ainda o único dos acusados a ser pago com sexo. De acordo com as escutas do processo, no dia 1 de dezembro de 2015, Jorge Ferrão "usufruiu de serviços sexuais por duas vezes, tendo António Louro suportado a despesa, bem como as bebidas que ambos consumiram, num valor compreendido entre os 300 e os 400 euros", o que já tinha acontecido em ocasiões anteriores, "com a frequência de cinco a seis vezes por ano".
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