A edição de hoje
Sacerdote diz que o segredo está na formação e na responsabilização dos leigos.
Os padres estão cada vez mais velhos e as igrejas cada vez mais vazias. E o problema é que nós, membros da Igreja, não estamos a ser inteligentes, ou seja, não estamos a preparar o futuro". A afirmação é de Albano Nogueira, pároco de Frossos, Panoias e Gondizalves, no concelho de Braga, que acaba de editar o livro ‘É possível renovar as paróquias? Sim, é possível’.
A obra, recentemente apresentada e que se encontra à venda na livraria Diário do Minho, em Braga, levanta questões e aponta caminhos, no sentido da renovação das paróquias, tecendo críticas à própria hierarquia da Igreja. "A aposta na formação e responsabilização dos leigos é a única forma de evitar que, em muitas zonas do País, as igrejas fechem de vez as portas. Os padres são cada vez menos e os que há estão a envelhecer; sem a participação dos leigos não se consegue manter a ligação dos fiéis à Igreja", afirma o sacerdote, para quem se verifica alguma inércia por parte dos bispos.
"Em 2011, a Conferência Episcopal publicou um documento orientador, que falava precisamente na formação de leigos como forma de combate à fuga de fiéis, no entanto, em termos práticos, não se avançou um centímetro. Não basta palavras, é preciso agir", afirma o padre.
A edição deste livro, garante Albano Nogueira, teve como objetivo "ajudar a essa formação de leigos para a necessária e urgente renovação das paróquias". Diz o sacerdote que "as comunidades precisam de formação sólida e espiritualidade profunda, que são os dois carris por onde circula o comboio que é a Igreja. Não perceber isso é arriscar perder o futuro".
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