Valdir Fonseca, 20 anos, residente na Baixa da Banheira, era um dos 26 militares há horas envolvidos num exercício de fuga e evasão em terreno ‘inimigo’, em parelha. Por razões que o Exército está a averiguar, o militar e um camarada terão usado o leito do rio, apesar de estarem proibidos. Segundo contou o sobrevivente aos socorristas, tentaram alcançar a margem, mas quando olhou para trás só viu o soldado Fonseca "desaparecer na água".
Os elementos da protecção civil e os militares montaram de imediato uma operação de busca no rio Zêzere, numa zona onde a corrente é rápida e há muitos fundões. Adelino Gomes, comandante dos Bombeiros de Constância, referiu ao CM que os militares estavam com sinais de fadiga. "Já andavam no exercício há muitas horas. O cansaço, aliado ao facto de o jovem estar vestido, com botas e ter outras coisas (como mochila e arma) potenciou o desaparecimento no rio", adiantou.
Os bombeiros, mergulhadores e militares passaram a pente fino a zona onde o soldado Fonseca desapareceu. Encontraram primeiro a mochila e depois o corpo, preso num fundão, a poucos metros do local onde fora visto pelo camarada. O coronel Duarte Costa, comandante da Escola de Tropas Pára-quedistas, referiu que os militares "começaram o exercício às 06h00" e "estavam proibidos de usar o rio". "Vamos instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias em que se verificou este infeliz acidente", concluiu.