O ultraleve que caiu no dia 5 do mês passado, em Quelfes, Olhão, matando o piloto, tinha acabado de levantar voo após ter deixado um passageiro (que também é piloto) em terra.
Segundo revela o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), numa nota informativa sobre o acidente, essa aterragem foi antecedida por "dois toca-e-anda numa pista não preparada (pista desprovida de pavimentação específica)".
Após o desembarque do passageiro, o ultraleve de asa fixa "voltou a descolar da pista, com uma volta pela esquerda a subir e, quando passava à vertical do campo", o piloto "perdeu o controlo direcional da aeronave". Esta "entrou em perda de sustentação, que provocou o embate violento da aeronave no solo", explica o GPIAAF.
O piloto, de nacionalidade inglesa e com 70 anos, foi encontrado "encarcerado nos destroços da aeronave em paragem cardiorrespiratória, tendo o óbito sido declarado no local por uma equipa do INEM".
Na altura em que se deu o acidente, "a meteorologia era de céu limpo, temperatura 25 graus, vento fraco do quadrante sul e com mais de 10 quilómetros de visibilidade".