O Ministério Público (MP) pediu esta terça-feira, no Tribunal de Portimão, a condenação a pena de prisão - que poderá, contudo, ser suspensa na sua execução - de uma mulher de 24 anos por crimes de sequestro e ofensas à integridade física qualificadas de uma inglesa de 18 anos.
Quanto aos restantes dois arguidos - uma mulher, de 40 anos, mãe da outra arguida, e um homem, de 22 -, o MP entendeu "não haver provas" para os condenar.
Isto porque a mulher mais velha demonstrou que estava em Dusseldorf (Alemanha) no dia dos factos e o arguido "por dúvidas" sobre a sua participação nos crimes.
Os três arguidos estão acusados de terem sequestrado Leighane May Rumney, a 26 de maio de 2015, em Albufeira, para a ‘castigarem’ por manter uma relação amorosa com o companheiro da arguida mais jovem, com a qual até já tinha um filho.
Segundo a Acusação, a inglesa foi levada de carro de Albufeira para um local ermo perto de Alcantarilha. Aí, a jovem foi cortada na face, cabeça e corpo com facas e tesouras.
Raparam-lhe ainda o cabelo antes de a abandonarem, nua e a esvair-se em sangue.
A Defesa dos arguidos pediu a absolvição de todos, por "manifesta falta de provas".
PORMENORES TestemunhaPara as dúvidas do MP contribuiu o testemunho, ontem, de uma amiga da vítima, segundo a qual esta lhe ligou, à noite, após o crime, a perguntar-lhe se a mulher que a tinha agredido era mesmo a companheira do homem com quem andava.
Abandonada a sangrarLeighane Rumney, agora com 22 anos, revelou que pensou que a iam matar. A vítima, que entretanto regressou a Inglaterra, foi abandonada nua e a sangrar, junto a uma estrada, onde pediu ajuda populares. A sentença vai ser proferida no próximo dia 7 de maio.