"Estado tem estado a atuar por sinalização. Nós precisamos de sentir que já não é necessário a sinalização", referiu Nádia Piazza.
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A Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) denunciou esta sexta-feira que a resposta psicológica está a falhar no terreno e defendeu um apoio especializado e porta a porta.
Cinco meses depois do grande incêndio de Pedrógão Grande, a AVIPG continua a bater-se por uma melhor resposta na área do apoio psicológico, tendo alertado hoje para o facto de as pessoas estarem a ser encaminhadas para os cuidados de saúde primários quando deveriam ter "um acompanhamento especializado em trauma e luto", afirmou a presidente da associação, Nádia Piazza.
"Estamos a ser remetidos para o sistema primário de saúde. Não é assim que se trabalha uma comunidade de desastre", disse aos jornalistas a responsável da AVIPG, após uma reunião com deputados do grupo parlamentar do PSD, em Vila Facaia, concelho de Pedrógão Grande.
A associação está neste momento a elaborar um manual de identificação de sintomas para, junto da população, se poder fazer "um pouquinho do trabalho que não seria" da AVIPG, mas sim do Estado.
"O Estado tem estado a atuar, mas muito por sinalização. Nós precisamos de sentir que já não é necessário a sinalização. Gostávamos que as coisas acontecessem sem haver necessidade de sinalizar", criticou.
Para a presidente da associação de vítimas, o apoio psicológico não pode ser encaminhado para o centro de saúde, devendo ser prestado junto das pessoas que estão traumatizadas, seja porta a porta ou em reuniões em grupo.
De acordo com Nádia Piazza, já há pessoas que recorrem ao privado com os seus próprios recursos "para tratar de questões muito mais especializadas".
"Isso não pode acontecer", defendeu.
Questionada pela agência Lusa, a responsável notou ainda dificuldades na obtenção de apoios por parte de agricultores, face à burocracia exigida para processos acima dos cinco mil euros.
Devido à complexidade de candidatura, houve pessoas que "foram convidadas" a declarar apenas cinco mil euros, apesar de terem prejuízos "muito superiores", por forma a evitarem um processo mais complexo, afirmou.
"As pessoas não se vão endividar ou coletar para ter aquilo que foi uma vida de trabalho", notou Nádia Piazza, considerando que o Estado deveria ampliar o seu esforço nos territórios afetados, que neste momento está alicerçado nos fundos de solidariedade para a reconstrução das casas e nos fundos comunitários para ajudar as empresas afetadas.
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