Pelo menos dois idosos por dia são vítimas de crime em Portugal, muitos deles agredidos pelos filhos, segundo o relatório anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que no ano passado registou 20.311 crimes.<br/>
As estatísticas da APAV, nesta quarta-feira-feira divulgadas, referem que 809 idosos foram vítimas de crime, representando nove por cento do total das vítimas diretas registadas pela associação em 2012 (8.945).
Em 39% das situações reportadas à APAV, "a relação entre autor do crime e a vítima era a de pai/mãe", enquanto em 26,9% dos casos era de marido e mulher e em 3,1% das situações eram netos.
A grande maioria das vítimas (80,6%) é mulher, 32,9% tinham entre os 65 e os 70 anos e 27% entre os 75 e os 80 anos.
Mais de um terço (34,4%) das vítimas tinham uma família nuclear com filhos e quase 18% viviam sós, refere o documento publicado no site da associação.
Os dados indicam também que 7% das vítimas não tinham escolaridade, 3,7% tinham o primeiro ciclo do ensino básico e o mesmo número o ensino superior.
A maioria (78%) estava reformada, tendo como principal meio de vida os rendimentos da sua pensão (71,7%). Quase 10% por cento das vítimas residia no distrito de Lisboa, 3,7% no distrito do Porto e 2,5% nos Açores.
Por oposição à vítima, a maioria dos agressores (67%) são homens e 39% casados. Quase 18% tinham mais de 65 anos de idade e 7,8% entre os 45 e os 50 anos.
Relativamente à escolaridade, 8,1% dos autores do crime apenas sabiam ler e escrever. Quanto à atividade económica, 21,4% estavam empregados, 20,7% reformados e 18,4% desempregados.
Perto de 17% eram dependentes do álcool e 8,1% não tinham antecedentes criminais.
De acordo com a tendência que se tem verificado em anos anteriores, a residência comum do agressor e da vítima foi onde ocorreu a maioria das situações (54,4%), seguindo a casa da idoso (24,9%).
As situações de vitimação apresentadas à APAV eram, na sua maioria, de caráter continuado (68,9%), com duração entre os dois e os seis anos (7,8%).
"No total de crimes assinalados, os registos encontrados sobre o recurso a armas durante a prática dos crimes não foram muito significativos" refere a APAV.
Apenas em 23% dos casos foram apresentadas queixas às autoridades. Destas, 47,1% foram feitas à PSP e 24,6% à GNR, encontrando-se 40,6% dos processos em fase de inquérito.
A APAV presta quatro tipos de apoio: genérico/prático, jurídico, psicológico e social.
Como tem acontecido em anos anteriores, o apoio jurídico foi o mais utilizado em 2012 (45,1%), seguindo-se o psicológico 32,9%, o genérico 15,4% e o apoio social 6,6%.
Os casos são encaminhados para a associação pelas entidades policiais (27%), pelos Gabinetes de Apoio à Vítima (18%) e Segurança Social (15%).
Em cerca de 60% dos casos, é a vítima que estabelece o contacto, seguindo-se os familiares, em cerca de 18 das situações. A rede de amigos (9,7%) e as instituições (6%) demonstram também alguma relevância nestas situações.
As principais fontes de referenciação dos utentes para a APAV em 2012 foram a publicidade (10,2%), a PSP (5,8%), os amigos/conhecidos (6,3%), familiares (4%), a comunicação social (2,7%) e os estabelecimentos de saúde.
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