António Costa, secretário-geral do PS e presidente cessante da Câmara de Lisboa, despediu-se ontem do executivo camarário com uma polémica a marcar o fim do mandato: a taxa turística e o acordo com a ANA Aeroportos.
Na última reunião camarária, o vereador da CDU João Ferreira interrogou António Costa sobre o facto de os vereadores não terem tido acesso ao protocolo negociado com a gestora dos aeroportos. Costa não respondeu a João Ferreira, e foi Fernando Medina quem disse que "o acordo é público", mas comprometendo-se a fazê-lo chegar aos vereadores a curto prazo.
No final do exercício autárquico, António Costa agradeceu aos portugueses assegurando que "deixa a casa arrumada" e "o município em boas mãos". Aos jornalistas, o autarca disse que a saída da câmara foi preparada, justificando que "faltam apenas seis meses para as eleições legislativas".
O líder socialista quer dedicar-se em exclusivo à liderança do partido. Interrogado sobre o salário que será agora pago pelo PS, afirmou: "Eu vivo do meu trabalho e não tenho outras fontes de rendimento."
Fernando Medina é o homem que se segue nos destinos da câmara e toma posse na segunda-feira