Vítima tinha um aparelho telefónico.
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A polícia moçambicana está a tentar extrair informação do telemóvel do empresário português encontrado morto, no domingo, na província de Maputo, para chegar aos autores do crime, disse fonte daquela força de segurança à Lusa.
A vítima tinha "um aparelho telefónico e ao nível da investigação criminal" a polícia está a averiguar a "possibilidade de extrair alguma informação" do dispositivo, disse à Lusa Juarce Elias Martins, chefe provincial de Relações Públicas da Polícia da República de Moçambique (PRM).
De acordo com aquela força de segurança, há indícios de que o empresário de maquinaria e construção civil, José Paulo Antunes Caetano, de 51 anos e que vivia há oito em Moçambique, tenha sido raptado na sexta-feira, pelas 10h00, por alguém conhecido.
"Ele estava na empresa a trabalhar e há um momento em que sentiu necessidade de se ausentar para se encontrar com determinadas pessoas", referiu Elias Martins.
"Não temos a descrição dessas pessoas, talvez a investigação permita saber", acrescentou.
O relato de uma funcionária indicia que "o rapto em si não tenha sido violento" e que provavelmente o empresário "se tenha sentido à vontade para lidar com as pessoas" que depois o levaram.
O crime terá acontecido na zona de Mussumbuluco, na Matola, subúrbios da capital, Maputo, perto das instalações da empresa, acrescentou.
De acordo com o dirigente policial, a PRM só foi alertada no sábado por uma secretária da empresa da vítima, a JP Investimentos, dedicada ao apoio a empreitadas de construção civil, nomeadamente, aluguer de máquinas.
O corpo viria a ser encontrado pelas 14h00 de domingo numa pedreira abandonada na zona de Moamba, a cerca de 70 quilómetros de Maputo, nas imediações da estrada que liga a capital moçambicana à África do Sul.
Ainda de acordo com a polícia, a vítima apresentava sinais de ter sido atingida com uma faca no pescoço e no braço.
O português foi encontrado depois de ter sido pago o resgate exigido, disse no domingo, à Lusa, o secretário de Estado das Comunidades português, José Luís Carneiro.
O governante referiu que os casos ocorridos em Moçambique "não contribuem para a confiança dos investidores" e que Portugal já manifestou "toda a disponibilidade" para acompanhar a família nas "diligências judiciárias que estão em curso, depois de apresentadas queixas junto das autoridades moçambicanas", que estão a investigar o caso.
Uma portuguesa, Inês Botas, 28 anos, que trabalhava para a empresa Ferpinta na cidade da Beira, centro de Moçambique, foi assassinada em dezembro de 2017.
Três homens foram acusados do crime, incluindo o preparador físico da vítima, mas o julgamento nunca se chegou a realizar e um dos suspeitos fugiu da prisão na última semana.
Ainda em dezembro de 2017, poucos dias depois da morte de Inês Botas, uma cidadã portuguesa com cerca de 70 anos morreu na província de Manica, centro do país, na sequência de um assalto à sua residência.
Continua também por esclarecer o desaparecimento do empresário Américo Sebastião, raptado numa estação de abastecimento de combustíveis, em 29 de julho de 2016, em Nhamapadza, distrito de Maringué, província de Sofala, no centro do Moçambique.
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