Portugal tem sido usado como meio de apoio à imigração ilegal. As detenções por fraude de documentos aumentaram 123% em 2022 e solicitadores e advogados podem estar envolvidos nos esquemas.
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2022, citado pelo Público, destaca o crescimento de "grupos criminosos organizados que, a troco de avultadas quantias monetárias, se disponibilizam a facilitar tanto o transporte destes cidadãos para o território nacional como a documentação necessária para o efeito".
O relatório indica que várias pessoas, que residem em outros países da União Europeia, vêm a Portugal regularizar a nacionalidade, com recurso a documentos falsos. Os documentos mais falsificados são contratos de trabalho, certificados de registo criminal, atestados médicos, declarações de matrícula no ensino superior e atestados de residência.
Vários imigrantes, que constam no relatório, revelam que conseguiram renovar os títulos de residência com recurso a sociedades comerciais, sem atividade comercial, criada somente para facilitar contratos de trabalho aos imigrantes.