"Portugueses não comem TGV"
Passos Coelho disse que a oposição "não serve para governar".
José Rodrigues
27 de Julho de 2015 às 14:28
O primeiro-ministro acusou este domingo, na Festa do Chão da Lagoa, Madeira, o PS de ter sido o "desgoverno para o País" e defendeu que "não podíamos estar como estávamos porque os portugueses não comem TGV [comboios de alta velocidade], nem autoestradas e dívidas".
Entre elogios ao novo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que considerou "o rosto e a alma do novo tempo que se abriu na Madeira", Passos Coelho pediu, com "humildade", aos eleitores portugueses o apoio para ter a oportunidade de "dar uma nova alma a Portugal". E à oposição dirigiu palavras duras: "A oposição é precisa em Portugal, mas não serve para governar." E explicou: "Quando a oposição governou foi o desgoverno para o nosso país."
Passos lembrou, mais uma vez, que as dificuldades que o País atravessou nos últimos quatro anos não foram trazidas pelo atual Governo, mas "pelos socialistas". E isso, acrescentou, "os portugueses não devem esquecer" Durante boa parte do discurso, atribuiu ao anterior governo a responsabilidade pelas medidas difíceis que teve de aplicar. "Depois de muitas facilidades, com muito dinheiro a correr no País ao longo destes anos, o que aconteceu foi o crescimento do desemprego e da estagnação da economia", disse. E justificou: "Não podíamos continuar como estávamos. Os portugueses não comem TGV, os portugueses não comem autoestradas nem comem dívidas. Têm de as pagar e suportar e, por isso, não se esquecem desse tempo em que se preparou esta crise que vencemos agora."
Passos percorreu as as barracas de comes e bebes no Chão da Lagoa acompanhado por Miguel Albuquerque, a quem prometeu fazer das "tripas coração" para ajudar a construir o novo hospital da Madeira.
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