Trinta e um dos suspeitos de tráfico humano em Beja ficaram em prisão preventiva, este sábado, depois de serem conhecidas as medidas de coação. Para oito dos arguidos há a possibilidade de prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.
A decisão do juiz surge como prevenção "ao perigo de fuga". Os restantes quatro, do total de 35 suspeitos,
detidos na quarta-feira, foram libertados com termo de identidade e residência, com proibição de contacto e apresentações diárias às autoridades. O procurador pediu prisão preventiva para a solicitadora, mas o juiz não correspondeu ao pedido.
Os detidos são suspeitos dos crimes de tráfico de seres humanos, associação criminosa e branqueamento de capitais. As vítimas eram atraídas com o pretexto de melhores condições de vida e de trabalho em Portugal.
A rede, considerada a maior a operar em Portugal, era organizada a partir de Beja, mas tinha ramificações no centro do país e terá angariadores a partir de outros países, nomeadamente da Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros.
A investigação da PJ iniciou-se há cerca de um ano e teve como foco a angariação por esta rede criminosa de trabalhadores estrangeiros com a promessa de emprego e habitação.