O Procurador Orlando Figueira foi demitido do Minitério Público (MP) seis anos depois do processo disciplinar ter sido aberto.
O magistrado já tinha sido condenado, em dezembro de 2018, a seis anos e oito meses de prisão efetiva em primeira instância por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação do segredo de Justiça e falsificação de documento e durante cinco anos está proibido de exercer funções no âmbito do processo "Operação Fizz".
Segundo a revista Visão, a demissão com efeitos imediatos de Orlando Figueira foi votada na última reunião da secção disciplinar do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).
O tribunal deu como provado que Orlando Figueira recebeu contrapartidas de Manuel Vicente, ex-vice-Presidente de Angola, para arquivar processos em que estes estava implicado na Justiça portuguesa.
No mesmo processo, o advogado Paulo Blanco foi considerado corresponsável e condenado a uma pena suspensa de quatros anos e quatro meses de prisão. Já Armindo Pires, empresário e amigo do ex-vice-Presidente angolano foi absolvido de todos os factos.
O julgamente ficou marcado pelo depoimento considerado bastante crítico do arguido Orlando Figueira.