PSP reforça vigilância ao Centro Ismaelita
Apesar de a hipótese de terrorismo ter sido descartada, a vigilância sobre mesquitas aumentou.
Miguel Curado
2 de Abril de 2023 às 01:30
A fúria homicida de Abdul Bashir, o afegão de 28 anos que na terça-feira matou duas mulheres à facada e feriu um professor, no Centro Ismaili de Lisboa, já levou a PSP a reforçar a segurança. O CM sabe que está a ser feito um esforço para empenhar mais meios humanos e carros. A ideia é aumentar a quantidade de patrulhas, apeadas ou ‘auto’, na zona.
A decisão foi tomada na Direção Nacional da PSP e operacionalizada pelo Comando de Polícia de Lisboa. Em paralelo, e apesar de a hipótese de terrorismo como causa para o ataque ter sido descartada pelo Governo e pelo diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, o CM sabe que as mesquitas e locais de culto islâmicos na Área Metropolitana de Lisboa estão a ser monitorizados pelas forças de segurança.
Não há meios humanos e materiais para uma vigilância em permanência, no entanto PSP e GNR estão a reforçar patrulhamentos. O objetivo é aumentar a capacidade de resposta a quaisquer incidentes. Fontes policiais disseram ainda ao Correio da Manhã que, nos minutos que se seguiram ao banho de sangue no Centro Ismaili de Lisboa, a hipótese de terrorismo chegou a ser colocada. O Sistema de Segurança Interna, organismo na tutela do primeiro-ministro e que coordena as forças de segurança, acompanhou de perto a grave situação. Bashir foi travado por dois jovens agentes que estavam em serviço remunerado na Loja de Cidadão.
APONTAMENTOS
INTERNADO
Internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, desde a última quarta-feira (para onde foi transferido do Hospital de São José), o afegão Abdul Bashir mantinha-se este sábado sob vigilância médica. O seu estado de saúde é estável.
CONDICIONA INTERROGATÓRIO
O interrogatório de Abdul Bashir em tribunal está dependente da data da alta médica que o afegão receber por parte dos médicos do Hospital Curry Cabral. Recorde-se que o homicida está sob detenção na unidade hospitalar.
PORMENORES
Morte da mulher
As autoridades policiais gregas investigam se Abdul Bashir poderá ter tido interferência na morte da mulher, num campo de refugiados.
MP reconhece
Num despacho já entregue a um juiz de instrução criminal, o Ministério Público admite o terrorismo como motivação para os homicídios perpetrados por Bashir.
Pais de Farana
Os pais de Farana Sadrudin, de 48 anos, souberam da morte da filha quando estavam a tomar café perto do Centro Ismaili.
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