O Tribunal da Relação de Lisboa deu razão a Rosa Grilo e anulou um despacho do Tribunal de Loures que indeferiu o seu acesso à gravação da diligência de revisão da medida de coação de António Joaquim, em setembro do ano passado.
A defesa da viúva do triatleta poderá agora ouvir o que disse o ex-amante de Rosa em tribunal, bem como os motivos que levaram a juíza Ana Clara Batista a decidir mantê-lo apenas com termo de identidade e residência.
Recorde-se que António Joaquim foi chamado ao tribunal de Loures depois de a Relação de Lisboa reverter a decisão de 1ª instância e condená-lo o a 25 anos de prisão pelo homicídio de Luís Grilo.
Os desembargadores consideram que neste caso não se aplica a reserva da vida privada. "São factos relativos às condições de vida da pessoa, que não factos relativos à esfera privada da pessoa", le-se no acórdão, a que o CM teve acesso.
A defesa de Rosa Grilo já reagiu: "É a primeira vitória, importante porque o recurso para o Supremo também aborda esta questão: a falta de tratamento igual para a Rosa Grilo. Fez-se justiça num tribunal superior", disse ao CM o consultor João de Sousa, que integra a equipa de defesa da arguida.