Trinta toneladas de resíduos de amianto estão a ser removidas desde esta quinta-feira de várias zonas de Monchique, num total de sete casos mais urgentes que foram sinalizados, numa primeira fase, pela Plataforma Ajuda Monchique.
"Ainda hoje recebemos novos pedidos de pessoas para remover mais amianto. Há zonas pendentes. É uma atitude muito generosa destas empresas", afirma Shanti Fernandes, de 36 anos, coordenadora da plataforma.
O projeto é conduzido por quatro empresas que integram a Associação de Empresas Portuguesas de Remoção de Amianto (AEPRA), bem como entidades provenientes de todo o País, num trabalho solidário, a custo zero, e que tem um orçamento previsto de 100 mil euros.
"É muito urgente agir, grande parte do fibrocimento está partido e com a chuva pode infiltrar-se no chão, pondo em risco as pessoas daqui" explica Carla Silva, 39 anos, secretária-geral da AEPRA.
Qualquer pessoa que encontre fibrocimento não deve tocar no material tóxico. Os 25 profissionais envolvidos estão totalmente isolados e têm formação.
O trabalho poderá ser realizado em apenas dois dias - um tempo recorde pois, numa situação normal, duraria pelo menos uma semana.
PORMENORESEmpresas solidáriasProjeto de remoção é suportado pelas empresas Interamianto, Coberfer, Serc e Termotelha, com as empresas de transportes Renascimento e Albumov.
Plantação em SilvesA Associação Académica da Universidade Aberta - CLA de Silves vai realizar uma plantação de árvores nas zonas afetadas pelo fogo em Silves, numa praxe solidária.
Outros problemasA Plataforma Ajuda Monchique sinalizou, em quase 3 meses, cerca de 350 situações urgentes de habitação, luz ou água.