Com início previsto para segunda-feira passada, as dificuldades burocráticas alfândegárias, devido às caracterísicas de um barco deste género, levaram ao adiamento da partida em quase uma semana.
O sonho data de quando John Pollack tinha apenas sete anos e começou a coleccionar rolhas, que foi juntando ao longo de três décadas pedindo-as em restaurantes e snack-bares de Washington.
Como não chegassem, as rolhas que lhe faltavam para concretizar o sonho conseguiu-as na Cork Supply, uma empresa corticeira líder nos Estados Unidos com delegações em diversos países, incluindo Portugal. "Estava a "navegar" na Internet quando encontrei os dados desta empresa. Telefonei a perguntar se havia possibilidades de me arranjarem 100 mil rolhas, e a resposta do gerente foi afirmativa. A partir daí meti mãos à obra", adiantou ao CM John Pollack.
Reunido o material necessário passou à fase da construção. Das rolhas fez troncos, que foram cobertos com rede de pesca e unidos por vulgares elásticos (cerca de 15 mil), e o barco ficou pronto a cruzar as águas do Douro.
Para uma lotação de cinco pessoas, este barco é uma estrutura rígida e resistente, tem sete metros de comprimento e dois de altura, pesa 1.150 quilos, tem um mastro e a proa é parecida com um barco Viking. Hoje inicia a sua travessia navegando por etapas durante oito a dez dias percorrendo a distância de 265 kms.
A escolha de Portugal para a aventura deve-se ao facto de as rolhas terem sido conseguidas no nosso País e por este ter uma longa tradição na arte de bem navegar.
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