“O alerta foi duplo. Primeiro, foram as empresas credoras dos pagamentos a denunciar que nada receberam. Depois, os bancos com queixas que os cheques endossados eram depositados em contas desconhecidas”, referiu ao CM fonte policial.
Por detrás desta “anormal vaga de denúncias” estavam três elementos de um gangue composto por seis homens e uma mulher. “O furto de correspondência nos marcos do correio era possível graças ao uso de uma chave-mestra, que abre todos estes equipamentos dos CTT”, acrescentou o informador.
Já na posse dos cheques, o grupo forjava os carimbos das empresas chegando a adulterar as quantias inscritas. O depósito era sempre feito por outras pessoas,em alguns casos toxicodependentes (através dos quais se chegou aos cabecilhas). O flagrante foi dado na madrugada de quinta-feira, em Campo de Ourique, com a detenção de três homens. Após 16 buscas, a PSP deteve os outros quatro elementos e apreendeu cheques, seis armas, 8,56 gr de cocaína, e os dois automóveis.
PORMENORES
TRIBUNAL
A única mulher detida pela PSP nesta operação foi submetida pelo tribunal a apresentações periódicas à PSP. Os outros seis detidos vão aguardar julgamento em prisão preventiva.
CARIMBOS
Nenhum banco conseguiu detectar que os carimbos apostos nos cheques eram falsos. O gangue forjou com facilidade todos os carimbos.
CABECILHAS
O gangue responsável pelos 100 roubos de cheques era liderado por um casal. Ambos seleccionavam os marcos de correio a ‘atacar’.
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