Duas turistas filmaram um vídeo que mostra um homem a ser detido por quatro agentes da PSP, em pleno centro de Lisboa, na baixa pombalina. As autoras das imagens, que foram divulgadas nas redes sociais, acusam os polícias de racismo e de violência.
"Sabem o que isto é? Racismo", dizem. No vídeo ouve-se o homem dizer que não fez nada e que ia apenas jantar com os filhos. "Eu não fiz nada de mal", diz ainda.
Poucos segundos após o início do vídeo, um dos quatro polícias começa a pontapear as pernas do homem numa tentativa de o colocar no chão, avança a revista Sábado.
Ao início da tarde desta segunda-feira, na sequência da divulgação do vídeo de detenção no Largo do Chiado, a Polícia de Segurança Pública fez um comunicado onde explicou a situação - que já havia avançado ao CM - de que aquela se tratava de uma detenção justificada
"Os agentes visualizaram um homem, de 22 anos de idade, desempregado, a abordar vários transeuntes na via pública, indiciando que lhes pretendia vender estupefacientes", pode ler-se. Não obstante, o núcleio de imprensa e relações públicas da insição negou qualquer associação a atos de racismo.
"Abordado, já no Largo do Chiado, o homem, suspeito da prática de um crime de tráfico de estupefaciente, não foi colaborante, gritando que aquela abordagem era por motivações raciais, pedindo ajuda e que filmassem a situação".
Os agentes da autoridade garantiram por isso que o homem manteve sempre a postura de 'esquivar-se' à ação policial, continuando a gritar e a procurar ajuda de populares, para evitar a revista. Nesse momento, e só por isso, terá sido necessárecorrer à força, avançaram as autoridades.
"Foram encontrados na posse do suspeito 17 pacotes de liamba e dois pedaços de haxixe, embalados e prontos para venda em pequenas doses, num quadro típico do crime de tráfico de droga".
O jovem, agora arguido, é residente em Oeiras e já tinha antecedentes criminais pelo crime de tráfico e vai ser presente, esta segunda-feira ao Ministério Público.
Por isso, as autoridades rejeitam as acusações presentes no vídeo divulgado nas redes sociais e agora noticiado pelos meios de comunicação, pelo que salienta que continuará a desenvolver a sua atividade no combate ao "tráfico estupefacientes e de garantia da segurança pública", avaliando posteriormente uma queixa crime contra os autores do filme.