Em causa estará a falta de entrega da prestação tributária devida, e a ocultação da mesma "através do desenvolvimento de atividade empresarial relacionada com a realização e gestão de eventos desportivos", avança a PJ em comunicado.
Os suspeitos usavam faturação falsa emitida por empresas nacionais e estrangeiras e ocultavam os proveitos. Para o branqueamento foram usados mecanismos como a "aquisição de bens móveis e imóveis por sociedades exclusivamente constituídas para o efeito, assim como o investimento em organizações desportivas, com conluio de agentes desportivos", esclarece a PJ. A autoridade diz ainda que os "suspeitos recorreram a aconselhamento jurídico e técnico especializado" para efetuar os crimes em causa.
"Foram levadas a cabo dez buscas domiciliárias e três buscas não domiciliárias (que incluíram dois escritórios de advogados, duas sociedades anónimas desportivas e dois cofres bancários), realizadas nos Concelhos de Porto, Vila Nova de Gaia, Guimarães e Aveiro", lê-se ainda. No comunicado, as autoridades avançam ainda que "até à presente data foi identificada uma vantagem patrimonial de milhões de euros".
A operação policial envolveu cerca de 80 elementos.
O CM contactou a assessora do clube que afirma que "O Boavista está a colaborar com as autoridades para que tudo fique esclarecido o mais rapidamente possível"