O Sindicato Independente de Agentes da PSP (SIAP) considerou "insuficiente" a pena aplicada a Fortuna Malengue, o guarda-prisional condenado na manhã desta sexta-feira a 15 anos de prisão pelo homicídio do agente da PSP António Doce. O óbito do elemento policial aconteceu a 12 de Dezembro de 2020, em Évora, após o mesmo ter sido atropelado pelo arguido quando o tentava impedir de agredir a mulher.
Para o SIAP, o Ministério Público deve recorrer da decisão de primeira instância, tomada pelo Tribunal de Évora. "A pena ficou muito aquém da gravidade do crime cometido. Tratou-se de um crime premeditado, por isso a sentença reúne todos os requisitos para dar origem a uma condenação maior", explica o sindicato da PSP.
Considerando que Fortuna Malengue cometeu o crime de violência doméstica contra a mulher, fugiu do local usando a viatura para matar o agente António Doce, mostrando com isso que não tinha intenção de se entregar, a direção do SIAP defende mesmo a aplicação da pena máxima, 25 anos.