Perder aos poucos o poder sobre os movimentos do corpo, ter dificuldades em mastigar, deglutir e até mesmo em falar, e o tremor, que a caracteriza, mas não a define completamente – a doença de Parkinson é a segunda patologia degenerativa do sistema nervoso central mais comum no Mundo. Os seus sintomas são devastadores e, em Portugal, estima-se que afete 13 mil pessoas.
"A doença de Parkinson é extremamente complexa e não se apresenta sempre da mesma forma", explica ao CM a fisioterapeuta Gabriela Fonseca.
O tremor não é o único e pode nem ser o principal sintoma inicial desta condição neurológica degenerativa. "É um mundo muito complexo. Há pessoas que sofrem mais de rigidez muscular e outras apresentam mais tremores", refere a especialista, acrescentado que, "regra geral, a doença de Parkinson tem uma evolução lenta e os sintomas não aparecem de um dia para o outro, vão-se instalando".
A manifestação lenta e progressiva acaba por dificultar o diagnóstico médico, que pode surgir vários anos depois dos primeiros sintomas.
Após o choque inicial, é crucial que o doente se foque em conquistar a melhor qualidade de vida possível. "As consultas de neurologia e a medicação são muito importantes. Depois, temos a fisioterapia e a terapia da fala especializada. A psicologia é também essencial", conclui a fisioterapeuta.